Astronauta ganhando as estrelas,
Sobe, levanta poeira, rumo ao espaço sideral
Pé descalço, pedras no caminho,
No meio do pé espinho, jogar bola no quintal
Bola que rebate na parede, vai e vem
Balança a rede, Maré cheia, temporal
Navio pirata pela frente, Barba Azul, Jack

Coração miserável

Um gato malhado espreita em vão
Um rato mirrado, no chão do lixão
A fauna fabrica uma revolução
Nos fundos de algum porão

A chama escondida consome outra vida
A morte morrida virou estatística
Tanto faz pra mim, Trancoso ou Turquia
Os homens

Quando você se lembrar
Que o Sol sempre há de raiar
O fogo vai entrar no jogo
Nos cachos de uma estrela aprendendo a brilhar

Peito de aço não pode sangrar
Tem que remar pro show continuar
Em cada lágrima do mar do rio
Maria colhe conchas para yemanja

Mande lem

Queima como gasolina, acelera, adrenalina
Cospe fogo pela estrada, incendeia a madrugada
Atrevida, sem juízo, me conduz ao paraíso
Loucos entre o céu e a terra, anjos, demônios em guerra

Tentei fugir, não há saída
A sua voz me guia pro olho do furacão
Revela um novo mun

Rouco como um louco quando perde a calma
Acelerado como o tempo que passa por mim
Em meus ouvidos canções que ainda não escrevi
Insano, à flor da pele, coisas que só eu senti
Confundem meus pensamentos, mal consigo me escutar
Em novas formas, frequências, ecoando pelo ar

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Trago em meu pacote
Fitas coloridas
Não, mas não me quer ouvir

Dou nó em pingo d'água
Nado tal qual peixe espada
Não, mas não me quer ouvir

Mordo cobra, bebo sangue
Sou de barro lá do mangue
Não, mas não me quer ouvir

Six, five, four, three, two, one

Acorda, é hora de partir, mesmo sem saber para onde ir
Em jogo o nosso futuro
Não pode ficar sempre em cima do muro!
A corja está solta e a ferida inflamada
Um nômade na madrugada
Nos conta segredos, delírios no espelho
Quer entoar mais um hino esquecido
Que dessa vez

Tijolo, cimento e reboco, fundação de concreto
Levanta muro, parede, laje, teto sobre teto
Sempre mirando o sol, abrindo caminho no céu
Querendo perguntar a Deus qual será seu papel

Terra de santo de onde os anjos se lançam pelo ar
De onde a sujeira do mundo não possa lhe a

Eu já nem sei pra onde vai o Sol
Eu já dancei durante o carnaval

Eu canto pra você um rock
Você que se oriente, esnobe
A nossa estrela quer brilhar no cel
Eu já tô pra lá de Bagdá
Não quero ouvir seu blá blá blá
Eu toco minha guitarra nas gerais

Soltaram as se