Com a chuva caindo
Pelo vidro da janela
Triste é a solidão
Ao recordar-me dela

Suas palavras me lembro
Vou partir, meu amor
E a chuva caindo
Como lágrimas de dor
E a chuva caindo
Como lágrimas de dor

A saudade no peito
Não me deixa um momento
Q

Declamado:
"aquele pobre pescador que no rio paraíba vivia
Bem cedinho levantou naquela madrugada fria
Deixando a sua família que muita miséria sofria
Pra tentar com sua rede o seu pão de cada dia

Naquelas águas geladas a sua rede ele armou
E sem esperança alguma lentam

Eu tenho um costume que não posso corrigir
Eu vendo coisa errada eu me ponho logo a ri
No circo um dia eu fui, vi uma grande palhaçada
Achei muito engraçado e caí na gargalhada

Oi, há, há, há, há, há, há, há, há, há, hai!
Oi, há, há, há, há, há, há, há, há, há, hai!
Oi,

Oh, que tarde triste pra mim foi aquela
Vendo na capela linda noiva entrar
O povo sorria com grande alegria
Só eu triste ouvia o sino a tocar

Ela foi aquela que amava tanto
Me deixou em pranto triste recordar
Vejo a todo instante aquele semblante
E o sino constante

Abandonado pelas ruas desertas
Chorando as mágoas do meu pobre coração
Fui condenado em amar sem o direito
A esse alguém que é a minha perdição

Mas, oh, meu Deus, como é triste a minha sorte
A esse amor, eu devotei todo o meu ser
Pois o destino causador do meu tormento<

Se a Adelita que tanto eu adoro
Me adorasse também com o mesmo ardor
Eu iria com ela pra longe
Construir nosso sonho de amor

Junto a um bosque das mais lindas flores
Com carinho faria o nosso lar
E as aves em nossa janela
Cantariam pra ela acordar

Se a Adelita

Comprei um par de bota e uma carça bombacho
Chapéu de aba larga e um barbicacho
Um quarenta e quatro e uma charqueadeira
Um lenço de seda e uma cartucheira

Um cavalo baio que eu paguei na hora
Blusa de riscado e um par de espora
Um rebente novo de trança por fora
Um

O que eu chorei por ti dá um oceano
De lágrimas perdidas em solidão
Se acreditei em ti foi um engano
Porque te ofereci meu coração

Alguém é sempre bobo de alguém
Se amor não há entre os dois
Um dia me passaste para trás
Não quero mais ser bobo, meu bem

Talvez

Já devolvi a aliança
Não quero mais o seu amor
O tempo que vivemos juntos
Só me causou tristeza e dor

É bem verdade nesta vida tudo passa
A esperança pra você não acabou
Eu já não quero saber da sua desgraça
Infelizmente para mim você passou

Não, não quero mai

Por toda a parte que eu ando e a vejo o teu olhar
Como se fosse a luz das estrelas a me guiar
Na sombra da noite eu fico vagando contigo a sonhar
Vendo teu rosto e os lábios sorrindo a me chamar

Sinto a amargura no peito
Meu coração sufocar
Sinto a minh'alma ferida

A passarada como é bela a gente ver
Em revoada alegrando o amanhecer
Canta o canário, pintassilgo e sabiá
Quero-Quero e tangará, bem-te-vi na laranjeira
A patativa respondendo no cerrado
Desafia os avinhado canta a madruga inteira

A passarada como é bela a gente ver

Brisa fria que afaga
Os meus cabelos grisalhos
Gosto das horas noturnas
A noite é meu agasalho

Sou escravo da orgia
Sou amigo do orvalho
Eu vivo da melodia
Violão é o meu trabalho

Eu sou igual o sereno
Só à noite aparece
De dia eu fico oculto
Em lu

A morena chegou, foi um anjo que eu vi
O meu peito abalou eu senti
O meu peito tremeu
A viola gemeu comecei a sorrir

Fiquei de olhos parados vendo o seu corpo torneado
Seu cabelo aveludado e cachinhos perfumado
E eu fiquei desesperado com aquilo que eu vi
Eu sofri</

Parabéns para você
Minha mãezinha querida
Salve o vosso aniversário
Bendita és tua vida

Canto em tua homenagem
Com amor e devoção
Peço a Deus que lhe abençoe
Que lhe dê a salvação

Parabéns, parabéns
Parabéns para a senhora
Que esta data se repita
E

No mês festivo de junho
Que essa história se deu
Num dia de São João
Ant|ônio trazia no peito
Um amor puro e perfeito
Por Maria da Conceição

Também trazia contigo
O ciúmes que era um castigo
Ferindo sua paixão
Só em pensar que Maria
Com seu rival dançari

Vou contar-lhes a história
De uma mulher que sofreu
Que por gostar de dois homens
Muito em sua vida perdeu

Seu coração sempre triste
Assim marcava o destino
Ela sabia que amá-los
Era prazer e martírio

Sucedeu longe daqui
Em uma terra sem nome
Onde a le

Eu morro por ti
Amor de minha vida
O que será de mim
Longe de ti, querida?

Já não sei que fazer
Se não estás a meu lado
Terei sempre que sofrer
Relembrando o passado

Te peço outra vez
Te suplico em minha alma
Atende, atende
Que só assim meu coração

Cai a tarde tristonha e serena
Em macio e suave lancor
Despertando no meu coração
As saudades do primeiro amor

Um gemido se esvai lá no espaço
Nesta hora de lenta agonia
Quando o sino saudoso murmura
Badaladas da ave-maria

Sino que tange com mágoa dorida
R

declamado:
(Há tanta coisa bonita
Que nem todos acredita, este Brasil é um colosso
Há muita gente que diz
Saber onde tem o nariz mas nunca viu o Mato Grosso)
Como é bonito o romper da manhã
Num fim de baile lá em Ponta Porã
As paraguaias atravessam a fronteira
Pra

Passarinho mensageiro delicado beija-flor
Eu te peço que me digas onde está o meu amor
Tu que andas pelo mundo a pousar de flor em flor
Diz a ela que me vistes e que sou um sofredor

Se eu pudesse me trocava por você meu colibri
Para vigiar de perto quem está longe daqui