Avenida Paulista
( Sérgio Banna )

Dentro de enormes edifícios,
Luzes brilham e cabeças pensam
Coisas que não podemos saber,
E que certamente irão nos aborrecer.

Milhares de pessoas caminham nas ruas
E o meu é mais um rosto nesta multidão.
Tento encontrar

Por que digo sim quando quero dizer não, ou talvez
Toda história que conheço começa sempre igual: Era uma vez
Qual a chave do segredo do seu coração?
Qual o verso que eu escrevo na minha canção?

Quais seus traumas, os seus medos
Seus vícios, seus segredos mais banais?
Q

Entrem no nosso trem
Entrem no nosso trem
Entrem no nosso trem

E vamos viajar
Por caminhos nunca dantes trilhados
Por mares nunca dantes navegados

É só me dar o sinal
Porque eu sou o maquinista
E não tem cobrador
Nem parada final

E vamos viajar para

Ouviram vozes da capital
Da república federal
Burocratas de gravata, do escudo e do brasão
Nos corredores apressados, ditando as regras da nação

São tão sinceras essas pobres crianças
Falando alto para a multidão
São os meninos do Brasil
O futuro e o orgulho da naçã

Teu retrato na estante não tem mais a emoção de ver
Se deito e não durmo nos meus sonhos o que vejo é você
O que posso fazer agora simplesmente deixo pra depois
Na minha memória sei que ainda somos dois

Não, não da pra ser, não da prazer, não da pra ser feliz
Não, não dá. N

Já não paro pra pensar naquilo que não fiz
Nos amigos que deixei ou nos livros que não li
Nas noites que passo sem saber o que fazer
Só sinto falta de você

Procuro em teus sonhos a realidade
Em teus olhos via a minha verdade
Teus olhos negros traziam luz à escuridão

Você teve tempo de dizer
Tudo que você queria!
Então caia fora
Chegou nossa vez agora
Eu conheço toda sacanagem
Eu conheço toda engrenagem
É uma questão de honra pra mim
Glória ao rock tupiniquim
Glória ao rock tupiniquim
Glória ao rock tupiniquim

It's t

Eu aprendi a não colocar
Ressentimentos sob o Sol
Perder meu tempo em condenar
Vai aumentar o meu colesterol
Eu já cansei de não poder dormir
De tanta dor de tanta mágoa
Eu tinha pedras pra atirar
Achei melhor jogar na água

Eu vi o Sol e lembrei de esquecer

Eu não aguento muito tempo
Todo esse lero-lero
Todo esse disque-disque
Todo esse leva-e-traz

Eu invento uns triques troques
Eu faço um qui pro qüo
Mas não, não vou ouvir esse papo burguês
Não vou trocar meia dúzia por seis

Não aguento muito tempo
Todo esse

Val, val, val
Por que foi tão fácil a hora que nós dissemos nunca mais?
Val, val, val
Por que é tão difícil agora que queremos voltar atrás?

A música do Cazuza não sai da minha cabeça
As vezes até esqueço que já fez muito tempo
Hoje não acho graça em nada que ando vendo

Quando o vi tocando a primeira vez
Me dei conta de algo diferente
Entendi que o belo está no simples
E aprendi a lição de ser humilde

Ei, ei, zé guitarra
Na nossa rima está faltando uma palavra

Só lastimo o que deixamos de fazer
E tudo o quanto teríamos por falar<