As verdadeiras luzes vêm de manhã
Quando a estrela-guia vai se apagar
As verdadeiras luzes vêm devagar
Brilha
E um deles se aproxima
E um outro se aproxima
As trombetas têm respostas

Fadas, fantasmas e baratas virão
Pra perguntar o que é que tem pra sonhar
P

Eu sou um homem da ciência
Acredite em mim
Eu tenho mais de dez diplomas
Hahaha!
E quando eu penso em você
Meu bem
Ah, quando eu lembro
Do seu estado
Eu acho que você
Não tem mais solução
Eu acho que você

F-R-I-T-O-U os seus neurônios

Eu sou um

Duas
Meia-dúzias
Caminham
Confusas

Pelas cenas de cimento e esquecimento
Pela terra sem guerra nem paz
Por ali as coisas são muito normais
As coisas vão como era de se esperar
Mal
Bem mal

Uma
Bailarina
Caminha
Bailarina

Dança nos para

Eu gosto mesmo
É de ficar à esmo
Até que cantem-me em meus ouvidos musas
Canções confusas
Canções tais como estas

O floricultor
Arranca os cabelos das bonecas
O floricultor
Arranca suas pétalas
O floricultor
Enterra as sementes na floresta
O floricultor
Ah, floricultor!

Será que um dia vai acordar e perceber
Que a cultura das flores
Não é pra você

E então se e

Sejam bem-vindos ao baile do barão
Pra disfarçar o vazio do salão
Tenham ciência de que todo alcoolismo
É disfarçado de niilismo
E tem lugar para dançar

A baronesa expulsou o velho bardo
Argumentou que não queria ouvir mais fardo
Ela temia que toda aquela folia

Antes
De dormir
Planejei uns pesadelos
Vim te ver dormir
Efervescendo

Insetos piscantes
Ah! De olhos distantes
Sussurram
Sussurros

E eu já não sei mais
Quais as conspirações

E o rato roeu
(Hahaha)
A minha memória
E as aranhas fazem te

Sobre o fim das coisas
Quanta culpa
Temos nós?
Se o fim do fim sempre será brotar

Pois só nasce a planta da semente morta
Pois só cai a chuva se a nuvem chorar

Sobre o fim das coisas
Pode se dizer
Que dói
Que foi
Que vai