Venenos
São mais ou menos
O que os meus beijos deixam no teu corpo
Malícia, delícia
E os acenos que há no porto

A dose
Pinga nos lábios
Cura teus males, mas também te mata
E escreve, de leve
Em sangue o veio de um lembrete
No seio o último bilhete
Si

Havia um cuspe debaixo da minha boca
E foi meu sangue que me fez beijar o chão
Já era tarde, tu sorrias como louca
E o escuro como roupa vestia meu coração

Havia olhos olhando pra minha boca
E um desejo beijo no meu coração
Você já me hipnotizava como louca
Me suava

Bala, volta a bala, volta o grito, volta a reação estúpida
Vidro estilhaçado e o pára-brisa volta agora a existir
Sai a bala da minha cabeça, volta o tiro, tire esse final daqui

Bala: volta à arma, tira o carma que te colocou a pólvora
Volta a bala ao berro do silêncio quando a

Só com a boca seca é que se mata a sede
Só com a mão de areia é que se lava os olhos
Só com o própio sangue é que se escova os dentes
Só com o própio tombo é que se segue em frente

Medo do tropeço,o erro,medo de crescer
tive a vida de aventuras em frente a TV
Dei o pas

Quando o inverno
Surgir no horizonte
Eu estarei milhas
Away de você
Contigo não dou bobeira
Você é uma geleira
Pro coração
Talvez El Niño
Te pegue pela proa
Eu quero te ver
Derreter de amor
Efeito estufa quem sabe
Que essa história acabe
No c

Estou a dois palmos do azul
Os olhos que ferem com a luz
Se já é tarde sorri
Como se cedo se tornasse

Sempre que sentas ao pé
Um olhar que traz timidez
Sinto no ar essa paz
Como se um sonho se tornasse

Cantaria toda a noite
Se soubesse que me olhavas
C

Uma cidade afogada
De pernas e braços
E mãos para os céus
A procura do acaso
Perdido no tempo em que tudo era belo
E estranho e vibrante
E cheio de coisas que já não existem
Que já não insistem
Que já não se fazem
Canções como antes
Paixões delirantes

Eu queria te mandar embora
Eu queria te fazer sofrer
Eu queria jogar tudo fora
Não posso...
Não devo...

Eu queria te pegar de jeito
Te ofender até você chorar
Eu queria te negar meu peito
Não faço...
Nem tento...

Eu queria duvidar dos fatos
Desses

Eu vi quando você me viu
Seus olhos pousaram nos meus
Num arrepio sutil
Eu vi, pois é, eu reparei
Você me tirou pra dançar
Sem nunca sair do lugar
Sem botar os pés no chão
Sem música pra acompanhar
Foi só por um segundo
Todo o tempo do mundo
E o m

Eu sei da sua ligação com a cidade de São Paulo
Eu sei quem mora lá
A ponte aérea que te leva da Gamboá pra garoa
E eu não sei voar
Aquele trânsito te envolve
Quando chove faz enchente
É tanta gente, que te impede de voltar

Eu sei das suas ligações para o Distrito d

Você se fez meu guia
Protege e desarma
Faz de mim o que quer
Nessas garras
Meu demônio de guarda

Você vigia meus sonhos
Me dá cachaça
E as noites de orgia
Você me dá a preguiça
Me dá a conversa vadia
De esquina
Pra depois me jogar
A polícia e

Pega tuas coisas sem demora
Não me amola
Que eu não quero mais
Faz um favor: Me bate a porta
Vai com os teus
E deixa os meus em paz
Beira a parede e vai-te embora
Sai de fino
Que vem gente atrás
Se é por falta de adeus
Então adeus

Quem pisou na bola

É muita gente
Nesse nosso mundinho
É muito filho, muita sogra, muito síndico
Tem muito vizinho
É muita gente
E pouco pão com manteiga
Quem tem não larga
Fica só ali na zaga
Longe da ribanceira

E toca a crescer mais
E ter mais carro
E ter mais prédio<

Estética eu sei muito bem
Conheço teu corpo
Conheço o meu
A arte da técnica é fácil
Sentir e sentido
Estética
Mostrar eu seu como é
Mas você acredita?
Ou não acredita não?
O reflexo na água não sou eu
O reflexo nos seus olhos sou eu
Você acredita?

Falso
Quase tudo hoje em dia é falso
Seu cabelo, seu uísque é falso
O limite é a revelação

Falso
Todo mundo dá um passo em falso
Seu diploma, seu relógio é falso
Feito passaporte de espião
Simulação, o truque do feiticeiro
Religião, criar um Deus brasileiro<

Hoje está fazendo um ano, que ela foi embora
Partiu levando de mim, a felicidade, que eu tanto esperava
Partiu prometendo voltar e nunca mais voltou
Só deixou comigo, a saudade e a dor
E dentro do meu peito, ainda me tortura

E agora vivendo sozinho, os meus olhos choram

Eu fui fazer um samba em homenagem...
À nata da malandragem,...
Que conheço de outros carnavais...
Eu fui à Lapa e perdi a viagem,...
Que aquela tal malandragem...
Não existe mais...

Eu fui fazer um samba em homenagem...
À nata da malandragem,...
Que conheço de

Precisava de um terno, e só tinha um botão
Precisava de um terno, e só tinha um botão
Minha mãe me disse:
Meu filho falta um bocado
Quem senta e espera, nunca alcança
Todo mundo tem o seu primeiro passo

Eu precisava de um terno, e só tinha um botão
Precisava de um t

Lembra de mim!...
Dos beijos que escrevi
Nos muros a giz...
Os mais bonitos
Continuam por lá...
Documentando
Que alguém foi feliz...
Lembra de mim!...
Nós dois nas ruas
Provocando os casais...
Amando mais
Do que o amor é capaz...
Perto daqui
Há

Dos livros mais antigos, raros, velhos pergaminhos
Aritmética, filosofia, história
Eu tento decifrar que língua você tanto fala
Agora

No canto do pagé, na tradução de nostradamus
Eu tento entender em que país estamos
Me dê algum sinal, basta você piscar seus olhos
Q