Um rei
Sozinho em um castelo de ilusões
Perdeu-se em fantasias

Deixou
Seu legado encabulado e duvidoso
Tão envenenado quanto Sodoma

Refém do seu pesar
Qual será a fábula da vez?

Rogou
Aos céus e não achou um bom caminho
Vendeu sua alma ao se entregar

Esse louco tempo há de abrir
A casca, a porta, o coração
A tempestade e o silêncio
Seus olhos negros tão cansados
Venho há muito tentando desistir

Sombra de um velho temporal
Todo cuidado ao subir
A queda pode ser fatal

Ave rapina, úmido seco
Certo por sabores
O limbo cobrindo velhos amores
O cio, distância imediata

Ao certo, o alvo
Acerto a mosca, rá

Sexto sentido
A mão que me conforta
O tédio, o sexo
Libido endiabrada

A luz vermelha
Janela fechada
O cio, d

Comendo vento
Eu vou inspirar
Correndo nas veias
A nunca mais voltar

E se de repente abrir a soma
Multiplicai

Estou liberto do
Cativeiro do ego
A nudez da alma
Em puro desapego

E se de repente abrir a soma
Multiplicai

Quando deixamos de nos importar
Com a sombra da nossa marca no vão?
Vai saber
Quem viu através do espelho

Heróis sumiram na devassidão
Tantas horas saboreando o mal
Somos água que corre atravessando o rio

Letras caindo
Corpo sem alma
Ninguém quer levantar<

Coruja roxa embaixo do rio
Com um cigarro na mão
Se você pensa muito no vazio
Ela te persegue, meu irmão

Coruja roxa ficando no cio
Com o desejo no peito
Se você pensa em sair do frio
Tem que fazer direito

O sexto andar só meu
Cada janela é um retrato falado
Sem mesmo encontrar
Perdi até meu amigo imaginário

No quarto, a cama
Já pensa em deitar

O sexto olhar só seu
Não vejo a hora, senhora da noite
Depois de um longo adeus
Eu corro logo e acendo um cigarro</

Rangendo os dentes
Eu sou tua fome
Desejo sem nome

Riscando paredes
Certezas que somem
Em noites insones

Não trago presentes
Desculpas ou flores

Na Rua do Amor
Sou desabrigado
O ator sem plateia
Sozinho no espaço

Na Rua do Amor
Quem sou

Onde você vai com essa pressa toda?
Entre no buraco com toda cautela
Tire seu chapéu e o chá da mesa
Olhe pro espelho e vamos todos

Desaniversariar, desaniversariar

Beba pra passar pela porta agora
O País das Maravilhas é logo aqui fora
Quem é você, menina, pra pe

Em cada quarto escuro
Mora a vontade de ficar

Sem limites
Dúvidas
Sem medo de se enrolar

Desapego de sentir calor
A Lua melhora o ar

Os carros dormem
Crianças desenham em seus sonhos
Na esquina
Os cães passeiam

Tudo está no lugar
Nada corta

Ei, fale mais um pouco sobre a liberdade
Sem vendas de verdade
Me diga
O que fazer para tê-la

Ei, beba mais uma dose dessa garrafa
Dedique o gole ao santo
Me fala
Como é viver entre os gametas

Então descobri
Como vou viver
Sofrimento vai
Fazer rena

Eu prometo um segundo
Um beijo doce, um frio amargo

E minh’alma em teu curso
Um plural de dissabores

Meu Deus, pra onde fomos tanto?
Eu desconheço, eu desconheço

Sabe lá o quão cruel foi nossas vidas
Sabe lá o quão cruel foi nossas vidas

Hoje é o fim de tudo
Meu amor, as coisas
Não deram mesmo muito certo

Os dias vão sumindo
Sem direção
Ainda lembro
O vento que me trouxe o teu jardim

Eu quase pirei e até pensei

Ah! Oh, oh, oh!
Ela vai curar
A minha doença
A tua presença
Vai f

I’ve got a feeling
It’s growing up inside
Love, trust and hate
And a girl that never dies

She was so confused
But I’m just satisfied
Baby, give me your loving, baby give me all
And I’ll give you all my life, all my life

C’mon, c’mon, my dear
I won't drive

Tempo, tempo, tempo
Terra, mundo gira feito roda gigante
Tenta o tolo se perder
Em lábios inflamáveis
Cores coloridas

Sei que o segundo pode parecer
Uma volta num mundo gigante

Maçã do Éden na cabeça
Jardim secreto de mil girassóis
Você não quis que eu soubesse
Prometo que ninguém vai saber, não

Pai, eu não quero cair
Pai, eu não quero cair, não
Pai, eu não quero cair
Pai, eu não quero cair

Maçã do Éden na barriga
Costela e barro

Emergência
Quero ver você sorrir
A sua maior arma

Discrepância
Quero ver você sair
Da sua maior armadilha

Eu posso ver o seu sinal
Posso sentir o seu final
E ainda saber
Congelar

Apareceu numa noite fria
Sob a pouca luz do pub 13
Guitarras rolavam jorrando
Psicodelia e prazeres

Sorte de quem esteve lá
Sorte de quem ouviu quem lá tocou

Escalando cores e tempo
Com os dedos orquestrava pensamentos
Vibrações tomavam o lugar
Máscaras de

Equilibrada fórmula
Calor, amores súbitos
Marcado a ferro frio
Dilacerantes são os corpos

Mas faz muito tempo
Nem notei quando você chegou
Mas faz muito tempo
Não percebi quando você voltou

A carne não faltará
Vontade alada, vinho tinto
Um corte, um do

O que interessa ficar sempre só
Girando no infinito
Flutuando
Beirando o Sol

O que adianta
Bater o ponto todo dia
Marcar o papel
Sem o querer

Se existe um rumo só
Por que o medo de olhar lá fora?
Conhecer os vizinhos

Tanger a poeira da sala
B