Primeira vez que eu te vi
Senti o coração bater
Procurei me controlar
Para ninguém perceber

Oh! Querida eu te amo
Te adoro, se quer saber
À noite eu sonho contigo
E fico louco pra te ver

A paixão é um sentimento
Que eu não queria ter
No coração ninguém

Eu vou contar minha história
Tenho duas namoradas
Uma é minha paixão
Outra é minha apaixonada

Eu marquei encontro com uma
Com minha mulher amada
No fim a outra descobre
E chora desesperada

O amor ninguém entende
Se amor desencontrado
Porque uma me ama

Ana Rosa casou com Chicuta
Um caipira bastante atrasado
Que levava a vida de carreiro
Fazendo transporte era o seu ordenado

Tinha um ciúme doentio pela moça
Desde o dia que foram casados
Espancava essa pobre mulher
Com a vara de ferrão de bater no gado, ai

Res

Pra você que hoje é
Aniversariante do dia
Nós cantamos e ofertamos
Esta simples melodia

Queira Deus que você
Rodeado de todos os seus
Que esta festa de hoje lhe dê
Um futuro abençoado por Deus

Desejamos que a sorte lhe ajude
A viver muitos anos de idade

Cidade de Itajobi
Na fazenda da Figueira
O Dego e o seu irmão
Antônio Paulino Vieira
Entraram na mata à dentro
Procurar uma madeira
Pra fazer um viola
E fabricar a primeira
E a notícia esparramou
Da violinha faladeira

Mudaram a Novo Horizonte
Mas não

Já fazem diversos anos
Que eu moro aqui na cidade
Rever onde me criei
Um dia senti vontade

Ver a casa onde eu nasci
Eu tinha tanta saudade
Quase nem reconheci
Aquela localidade

A emoção que eu senti
Chorei e chorei
Depois comecei a rir
Por que eu n

Eu já fui um caboclo feliz
Bem juntinho do meu amor
Na casinha onde nós dois vivia
Na frente tinha um lindo jardim de flor

Acabou que com quem eu morava
Olhos negros, lindos e matador
Certa vez por outro me deixou
Hoje vive no mundo sofrendo amargor

Poucos dia

A minha vida é como um barco sem destino
Vai navegando sobre o mar de uma ilusão
Contra a maré tempestuosa desta vida
Procuro um porto, seu ingrato coração

E hoje aqui eu vivo só perambulando
Vou enfrentando as amarguras desta vida
Infelizmente ela eu não sei como é que

Me lembro e tenho saudade
Do tempo que vai ficando
Do tempo de boiadeiro
Que eu vivia viajando

Eu nunca tinha tristeza
Vivia sempre cantando
Mês e mês cortando estrada
No meu cavalo ruano

Sempre lidando com gado
Desde a idade de quinze anos
Não me esqu

Me lembro e tenho saudade
Do tempo que eu fui solteiro
Lá no estado de Minas
Fui um grande catireiro

Eu digo com vaidade
Minha doce mocidade
Hoje só resta saudade
Daqueles tempos primeiro, ai

Lá na minha redondeza
Fui o melhor violeiro
Eu não vencia os

Está fazendo muito tempo
Lembro como fosse agora
No dia seis de novembro
Meu amor se foi embora

Perdi minha caboclinha
Franqueza meus olhos chora
Não há coração que aguente
Perder quem a gente adora

Aquele rosto tão lindo
Me reflete toda hora
Quando va

Gosto de cantar de viola
Nasci pra ser cantador
Mas não gosto de lembrar
Certos tempos que passou
Quantas noitadas alegres
Que este peito já cantou
Minha doce mocidade
Que tão cedo me deixou
Parece que foi um sonho
Uma nuvem que passou

Não consigo me esq

Do norte eu saí
Com quinze anos de idade
Fui para uma cidade
A paulista capital
Quis ser um policial
Era o meu sonho adorado

Quando me vi fardado
Senti-me muito feliz
Pra defender meu país
O dever de um brasileiro
E assim ganhei dinheiro
Fui feliz e

A parede enfumaçada
Lá por dentro do ranchão
Carne de bicho mateiro
No mormaço do fogão
Na taipa toco de brasa
Lá na trempe um panelão
O tempero da comida
Cheira em todo o casarão
O caboclo está contente
Lá no fundo do sertão

A choupana é de barrote

Tive lendo num romance
De um casal de namorado
De Rosinha e Catimbau
Dois jovens apaixonado
Rosinha família rica
Catimbau era um coitado

Capataz de uma fazenda
Mas trabalhador honrado
Adomava burro brabo
No laço era respeitado
Um caboclo destemido, ai

Um certo dia
Ao voltar de uma viagem
Faltou-me toda a coragem
Entrar no apartamento

Bati na porta
Encontrei portas fechadas
Passei horas amarguradas
No mais triste sofrimento

E por castigo
Para a dor ser mais patente
Meu vizinho estava ausente
Só à

Com dezoito anos eu enamorei
A mulher que um dia esperança me deu
Pensei ser feliz, casei-me com ela
Dali sete meses um filho nasceu

Hoje o menino tem dezoito anos
Está namorando e vai se casar
A minha mulher ontem me dizia
Que um grande segredo consigo trazia
E

Colibri traiçoeiro da serra
Para longe há muito voou
Foi viver nos confins de outras terras
E uma grande saudade deixou

Desprezou meu amor, meu carinho
O luar e o céu azul
Construiu um novo ninho
Na fronteira do lado do sul

Esqueceu nosso tempo feliz
E par

Se você, amigo
Quer beber comigo
Por nossa amizade
Eu lhe dou prazer
Mas não vamos beber
Por despeito e saudade

Já ouvi dizer
Que vive a beber
E chorar despeitado
Estás perdendo o nome
Essa dor te consome
Mas sofras calado

Homem que é homem

Do Vale do Paraíba
Seu Castorino chegou
Na cidade de São Carlos
Trazendo dois toureador

Também trouxe o boi Palácio
Um mestiço pulador
A procura de um peão
Que fosse bom montador
Porque na Zona do Norte
Vinte oito peão dos mais forte
O mestiço derrubou,