Puxe a cadeira, fale comigo,
Ainda temos tempo pra cantar
Feche essa porta, abra a janela,
O vento nunca para de soprar

Os pés no chão correm ao lado,
Cego, sem perdão, fico a pensar
Me rasgue, me corte,
Me aqueça, me queime,
Mas não, não me dê hora pra chegar</

Não ajudei a atrapalhar,
Nessa rotina que me faz tão mal
E o destino não vai me salvar,
Uns dias vêm e outros vão, normal

Mas sabe quando a gente sente
Que não era pra sentir?
No frio do inverno muita gente
Se esquenta por aí

Dos obstáculos deve desviar,
A

Diante de ensandecida turba
Ele calava, e sempre calava
Não mais agia como certo ou errado
E não dizia, não dizia nada
Se dizia, era um salve à ignorância da juventude
Não me livre dessa ânsia, dessa ânsia
Desse peso, essa moléstia, essa mentira, essa tragédia, essa loucu

Caindo por terra no chão,
Fugindo da dor da ilusão,
Ela esqueceu de deixar o sol nascer
Só se falava, então,
Da madrugada a seguir,
E os olhos fecharam sem deixar o sol nascer

Os dias correram assim,
Fugindo na porta de mim,
Os homens não regam e esperam flores

Me afogo nessa direção
E parto a encontrar um outro norte
Sei que lá está o monte azul,
Coberto pela inércia de outros homens
Árvore não vai criar raiz,
Se o seu continuar nessa história

Eu que decidi
Te ver por aí,
Andando só
Qual esse porém?
Em que caminho andar
À meia luz?

Sem se levantar,
Passou em minha porta
Pra me dizer:
“Já supôs a vã filosofia,
De mistérios, descrições veladas.
Seu silêncio grita em meus ouvidos.
E as as