Transformei meu peito em uma prisão
Fiz do coração uma cela fechada
Tranquei dentro dele uma forte paixão
Virou desilusão e acabou dando em nada

Pois quem me jurava o amor eterno
Nunca foi sincera sempre me enganou
Quando descobri era um pouco tarde
Vi que na verdad

Eu de São Paulo ela do Paraná
Daqui a pouco tô chegando lá
No som aquele módão rasgado
Me deixando mais apaixonado

Nessa distância não dá pra ficar
Essa saudade vai me matar
Pra ela vou fazer um pedido
Se aceitar ela volta comigo

Caminhonete é traçada não tem

A viola tá dando renda
Já comprei até fazenda
Tem canção minha em novela
A viola tá dando renda
Hoje eu tô no top five
Dia desses numa live mandei esse módão pra ela

Falava pra todo mundo, que viola não dá dinheiro
E que não via futuro em casar com violeiro
Quan

Acreditei
Quando disse que estando comigo não importava nada
Confiei em tudo que dizia quando me abraçava
Quantas vezes me beijou chorando
E olhando em meus olhos disse que me amava

Acreditei
Nas promessas que foram juradas em frente ao altar
Tanta gente estava pres

Quando a saudade me abraça
Abraço sempre a velha taça
Com marcas dos lábios seus

Retorno por velhos caminhos
Recordo nosso último vinho
Antes do seu adeus
O suave do último trago

Com o adeus se fez amargo
Roubando-me seu sabor
Hoje com a taça em minha mão<

Coração apaixonado, mal cabe no peito
Descompassado, sem jeito alternando as batidas
Vou procurar um doutor e pedir a cirurgia
Ou eu morro ou acabo com essa anarquia

Estou enlouquecendo, já não sei o que faço
Vou colocar marca-passo, vou cuidar da saúde
Aproveite enquan

Se eu soubesse agir só com a razão
E estivesse em perfeita lucidez
Nem morto eu abriria essa porta
Jamais te aceitaria outra vez

Mais isso é tudo culpa da saudade
Pois é ela quem me domina assim
Essa saudade faz de mim o seu escravo
Tá judiando e me deixando triste

Olha eu aqui, tô nesse buteco bebendo de novo
Já faz uma semana que eu tô nesse jogo
Acordo de ressaca e durmo de fogo

Olha eu aqui, chego no outro dia já bebendo o dobro
Tô passando vergonha na frente do povo
Por essa bandida de que me fez de bobo

Alô garçom, por fav

Outra noite chega ao fim, eu sozinho nessa casa
Solidão judia de mim e a saudade vem pesada
Cinzeiro cheio, whisky sem gelo
Com meu violão, e o meu coração amando em segredo

Pra que ficar chorando e sofrendo se não vale à pena
Romance proibido, rondando perigo
É dor, é

Se eu pudesse voltar no tempo estaria em meus braços
Uma paixão proibida que deixei lá em dourados
Eu viajei muitas milhas pra ganhar o seu abraço
Longe de você menina só eu sei o que é que eu passo

Ainda sinto o gosto do beijo doce feito mel
Sinto o calor do seu corpo faze

Perdão seu guarda, quem sou eu
O que foi que aconteceu, eu tô em Marte ou na Lua?
Seu guarda entenda, alivia
Sei que já é meio dia e eu dormindo aqui na rua

Pera aí seu guarda, eu tô lembrando
Tava ouvindo vestido de seda
Num som derramado
Seu guarda era uma festa l

Aqui é matuto do jeitão da madeira
Criado na roça, aqui não pica pau
Aqui é aroeira

Butina no pé e chapéu na cabeça
Cigarro de palha e moda sertaneja
Aqui é do piseiro, cola cunóis companheiro

Aqui tem a muagem de um peão
Não cai no laço de qualquer paixão
Nói

Você sabe, a culpa é sua
Eu sofri um pouco mas a vida continua
Foi você quem jogou fora
Mandou sumir da sua vida e agora?

Agora me fala que é da boca pra fora
E olha aí você batendo na minha porta
Será que é saudade ou não achou lá fora
Alguém que te aguente, mete o

Garçom, não tira essa cadeira aqui do lado
Não parece mas eu tô acompanhado
Tô bebendo com a saudade

Essa mesa 22 que já viu tantos momentos
De começo de namoro a pedido de casamento
Agora é testemunha desse sofrimento

Eu vou trocar é de buteco que eu já tô me preocup

Quem mandou voltar aqui
No barzinho que eu vinha com ela
Agora tenho que ouvir
Até o garçom inconveniente perguntando dela

E a cada dose dupla de whisky sem gelo
Ter que aguentar ele me dando conselho
Dizendo amigo não desista dela
Se aquela moça linda fosse minha

Vendi tudo que eu tinha
E comprei umas terrinhas no estadão de Goiás
Tô voltando pra roça
Posso até puxar carroça, mas de lá não saio mais

Só vivia ralando e a bandida gastando
Toda cheia de estampa
Só torrando minha grana
Pra ferrar ainda mais a sacana me enfeitava

Eu tava quietinho no meu canto
Você veio se aproximando
Eu não sei porque fui me envolver
Se eu gosto de farra e de beber

Eu te avisei desde o começo
A vida que eu levo não tem preço
Relacionamento não me amarra
Já sou comprometido com a cachaça

E não adianta

Cidade pequena, todo mundo lembra
Que eu era feliz quando tinha do lado a minha morena
Se ela tava comigo em qualquer rolê
Seu nome era pronto quando o assunto era sair pra beber

E agora em qualquer que eu entro
Um garçom lazarento já vem perguntar

Cadê a fernanda?

Aqui no mato o sistema é bruto
Paixão de matuto é lenha na fogueira
Não usa flecha o cupido caipira
O malvado atira é com cartucheira

Eu que andava solto no terreiro
Virei prisioneiro e acabou a pose
O tal anjo que acertou meu peito
Me pegou de jeito, e foi de calib

Era apenas um garoto que saiu do Mato Grosso pra morar na capital
Tinha um jeito matuto, ignorante, meio bruto e um instinto animal
Sonhava em fazer agronomia, tudo que ele queria pra faculdade entrou
E com seu jeito simples, inocente, conquistou muita gente e logo se apaixonou