É hora de lembrar o passado
Refletir nosso tempo
E rever a história
Revelar a verdade, sobre guias ocultas

Apagadas na memória
Negras de tanta coragem
Fibra que a dor forjou
No grito por liberdade, rogando igualdade
Enfrentam o opressor

No meu clamor há re

Neném doido não quer nada com chupeta
Só quer leleta, não quer chupeta
Acoada a véia viu a coisa preta
Não tem mutreta, neném quer ceta

Agulha com Maria Gasolina no salão
Chegou moringueiro, com vasos na mão
Neném pediu cigarro a noite inteira
Gritando: Geraldo Babã

É bom ser criança na imaginação
Que sonha e avança rumo à ilusão
Encanta feitiço e torna real
As peças do jogo no meu carnaval

A lua enfeitiçada tem magia
No mundo de fantasia vem trazer inspiração
Menino, que brinca durante o dia
Para sua alegria a noite tem mais e

Ecoa
O som do lamento do corpo sofrido
Da dor e tormenta de um povo aguerrido
Jogado à escravidão
Ressoa
Tambores de tribos sangradas na guerra
Humanos lançados numa nova terra
Feridos na garra da pura ambição
Explorado pra trabalho
Alienado em mercado a Senho

Me dê licença nossa gente vai passar
Kalunga á, Kalunga ê
O que eu quero Xoroquê irá me dar
Aluê... Vencer

Senhor das estradas
Que abre os caminhos
E derruba demandas
Regente de Ifé
O Rei do Irê, do ouro e magia
O silêncio, o Reino, o irmão e a fé
Xoroqu