Maria é boa mulata
Me faz boa companhia
Mas não ata nem desata
Nunca sai dessa agonia
Não parece ser mulata
Nem parece ser Maria
Me atiça que quase me mata
Depois me joga água fria
Por isso joguei meu galho
Pro lado de Conceição
No começo deu trabalho

Eu nos teus braços encontrei a paz
Felicidade como não há
E de repente o que é que você faz
Inventa de voltar pro Ceará
Ah que loucura me roubar a paz
Pra voltar para uma terra onde já tem mulher demais

E a infeliz ainda me diz
Que quer que eu vá
Morar com ela e

É cantiga de roda, Novena se faz no Sertão
Com Maria, com santos, cantando bendito a São João
E assim agradecemos a chuva que molha o chão
Pra criar a lavoura
Bondade no peito e não mão

Segue o matuto vivendo com sua crença
Com coragem ele tira do chão a sobrevivência

Sertanejo é igual
Na maneira de ser
Sem invejar ninguém
Quer apenas viver
Tem aquilo que quer
Não pretende ter mais
Tendo vida, tem força
Isso lhe satisfaz

Não cobiça valores que outros têm
Tem na alma valor maior que ninguém
Faz o bem mesmo a alguém, na

Ai quem me dera
O meu chorinho
Tanto tempo abandonado
E a melancolia que eu sentia
Quando ouvia
Quem me fazer tanto chorar
Também me lembra
Tanto, tanto
Todo o encanto
De um passado
Que era lindo
Era triste, era bom
Igualzinho a um chorinho
Cha

Caminho de pedra, todo um Sertão
Viajante passa sem direção
Procurando algo que não encontrou
Esquecendo tudo que o Pai ensinou
Verdade que a vida não lhe mostrou

Vai andarilho do Norte
Vai a procura da sorte
Por largas estradas, estreitas saídas
Caminho que cre