Me diz quem
Quem de mim sou eu
Quem de mim é você
Quem veio pra cá
Primeiro

Balanço
E perco o encanto
De crescer feliz
Acreditando que tudo vai mudar

Mas eu
Eu aprendi a dirigir
Eu consegui subir aqui
E até tive uma banda de dois

Mas eu

Me deixo ir, de tempo em tempo fraco
Usando coisas que não me servem
Um preto opaco
Diminuir, o peso do imenso fardo
Carrego um par de pernas, despedaçado

Eu gosto da cor dourada
As contas são multiplicadas por três
E gosto de piadas, mas, me leve a sério
Espero

Viajando eternamente, bad trip sem fim
Entre sonhos e pesadelos estou estilo espadachim
Armadura de mithril capacete ideológico
Mostrando mato seco pro sistema imunológico
Bateu a nave ai? Eu te ajudo amigo
Sinal alienígena na plantação de trigo
E se precisar eu dou caron

O tempo é meu amigo se amigo é quem faz
Curar uma dor que o amor traz
A vida faz sentido, cada vez mais
Só mesmo se o sentido for o que um soldado faz

Já falei com um mendigo, um rico e um classe média mas
Nem um deles negou, o desejo de paz
Me traz, um copo d'água agor

Eu, sou oposto de você
Eu só quero aprender
E você é tão relaxado e tranquilo

As vezes eu penso
O que vai fazer?
O que te faz pra compreender?
E relaxar o seu corpo magriço e sem alma

Mas assim como um Sol que nasce em todas as manhãs
Da cor do seu cabelo enro

Sem nenhum propósito nenhuma dor nenhum amor
Num domingo estralado
Fumando um cigarro na mangueira da escaleta e dançando
Aos sons da natureza
Eu tive uma ideia mas nenhuma ideia num domingo
Parece que vai render
Cansado de escrever palavras bonitas
Mesmo sabendo que

Minha essência se fez, baseado em experiências de vida
Meu corpo balança, ouvindo sons alienígenas
Eu sou você em alguma outra vida
E você pode ser eu ou alguma entidade divina
Eu sou cambaia, e tenho minhas pernas tortas
Eu sou navalha e corto mal de mentes perigosas
Eu

Não vou dizer que não quis
Por querer eu fiz sem saber
Os eternos enganos do meu coração

Não quero querer ter você
Do outro lado do meu colchão
No carona do carro e no meu coração

Não me trate assim, me ame direito
Não joga na cara que eu não fui ou não sou, tudo

Te vejo, te sigo, te sonho e respiro
Mas te deixo ir ou finjo
O meu intelecto desgasta e escrevo e erro o tempo
Que me perde também

E a cada segundo novo
Eu admiro o novo
E contemplo o infinito
Me disseram que é só desgraça
E só de graça vou conseguir

Com

Eu sou, uma pedrinha de açúcar
Com gostinho de crack
Mais doce do que o doce mais doce
Que se pode ter e você

É uma pimenta malagueta
Vermelha como o Sol
Quente como o dia mais quente
Dos dias de verão

Imagine só, se o meu doce
Em sua boca se dissolver

Mais ou menos mais uma vez aconteceu
Você e eu, assim tão juntinhos
Você pensa toda hora em desistir
Não entende que nunca tem fim
E seu fim, sou eu

Não, não grite assim comigo
Eu, não mereço isso
Minha mãe faz estrogonofe bom
Eu não preciso de você

Você s

Senti saudades, quero dinheiro
Quero seu ouro, seu corpo inteiro
Amei seu tédio, beijei sua alma
Acordei cedo

Odeio janeiro e os dias úteis
Odeio escada, sermão de efeito
Vinho e água, da morte sorte
Fervor no meio, janeiro bosta
O ano inteiro

E os sonhos

Se de repente o mar encontra o horizonte
E ao cair da ponte você aprendesse a voar
Sem mais ou menos, bhaskara ou primeiro grau
Quarenta graus de febre você já começa a delirar
Seria não loucura minha não te amar mas o tempo anda difícil
E rimar é tão melhor
Não faça essa

Saudade idade chega e vai
Preguiça
A fome e o desejo de seguir
Vontade que não atrai
Me explodo
Enjoo
O ódio
Amargo
Vontade
Invade
Me esqueço
Feli
Cidade
Feli
Feli
Cidade

Sempre sente
Dorme, consome, consola quem?
Almejo, descaso, verdade pra quem?
Se assim sorriu, desculpa

De tudo foi o amargo fel
Eternidade, quem sabe?
De que vai me adiantar?

Sou fraco, só chove
Que merda, odeio baixo
Odeio selva

Tenho medo, não que

Me enganei pensando conhecer
E eu voltei, me sentindo tão bem
Passei o dia a acreditar
Mas eu quebrei a cara

O Sol não cansa de sambar
Na minha cara pra variar
E já cansado e sem ter o jantar
Eu confundi as coisas
A seu moleque à toa

Sem caminho de volta

Pode procurar
Em cada canto
Na sala de estar
Embaixo do banco

Abre a geladeira
Ascende a luz
A bussola erra
O norte e o sul

Desceu as escadas
Ergueu o sofá
Ligou a TV
E não está lá

Olhou no caderno
Tá tudo em branco
Pode procurar

Ei você, quero morar na sua rua
Eu não quero mais sentir saudades suas
E nem fingir que estou bem

Ei você, por que mudaste assim tão de repente?
Por que não olha mais pra gente?
Por que não fala em nós, ou pelo menos de nós?

Deve ser, porque você está sempre agitada

Farto e escuro
Meu ato seco
Molhado é o rosto
Desespero
Na sua cama
Não escrevo nada de bom
Não ouço nada

E nada, passa
É só desgraça, em linhas
De dor em dor, alguma coisa flui
A alma plena e raza, sentido algum?
Não tenho
De dor em dor, alguma

Vem me sente e volta
Aos poucos minha voz sufoca
Em cada linha torta minha vida anda bagunçada
Como meu cabelo vem, me sente volta

Não peça respostas
Da questão da prova de alternativas sobre a minha vida
Tita tudo bem
Sil bra tudo bem
Ca ti li po tudo bem e eu