Foi escancarando as porteiras do meu coração
Por ser diferente não se entrega, ter que ser conquistada
Quando pensa que ganhou ela some
Quando pensa que perdeu, aparece do nada

Isso faz com que ela seja diferente das outras
Mulher pra vida inteira e não apenas um lance

Ela levou, meu coração
Não me devolveu os beijos
Ficou com todo o meu amor

Tentei te esquecer não teve jeito
Um amor assim está em extinção
E tem que ser preservado

Como todas as florestas e araucária do meu estado
Volte aqui pro Paraná
Eu te darei amor sincer

Mas oigalê que fandango
Danço de espora e de mango
Mas louco de apaixonado
Fila na porta já louco pra entrar pra dentro
Empurra, empurra no relento
O brete da bovinado

Tava laçando, não deu tempo de ajeitar
Só pude desencilhar numa baita ansiedade
De ver de pert

Olha o ronco, olha o ronco do bugio
Vem da costa do rio, vem da costa do rio
Quando passa do Paraná ao Rio Grande
É o Bugio da Pedra Grande
É o Bugio da Pedra Grande.

É lua cheia, caçada de tatu
No silêncio da noite, me calo
As patas do cavalo
É como o coração, aqui dentro do peito
Troteia e diz que não

Metrópole, cidade grande ou fazenda
Optei, pela solidão

Tô eu aqui, bem sucedido
Foquei nos meus negócios
Decidi ser r

Não posso esquecer o ronco maldito
Da camionete branca que eu nem vi chegar
Tendéu da cachorrada festejando à volta
Em qualquer fim de tarde sem me avisar

Coração ferido cortado de esporas
Cercado de lembranças de rédeas no chão
Aqui nessa cabanha tudo é saudade
O p

Fechemo um baile pela janta e portaria
Nem pedimo garantia era certo que ia dar bão
O contratante falou que já é de outro'ora
Enquanto a gente pra fora na primeira edição

Fomos graúdo com o conjunto completinho
Gaiteiro era o neizinho nego e catido dos dedo
Levemo luz a

Eu sou do tipo que anda bem a vontade
Não ligo que tirem sarro do meu jeitão bem bagual
De camionete, com o vidro aberto e faceiro
Escutando o coração de gaiteiro, na avenida principal.

Me para um carro que vinha ali do meu lado
Eu já tinha reparado pelo espelho lateral

Eu cheguei preparado pra conquistar a guria
Uma moça do interior, delicada e princesinha
Comprei flores, chocolate, escrevi uma poesia
Desenhei um coração num cartão de musiquinha

Arrancou no paiero e um gole de pinga
Ela é xucra mas é linda
E dê-lhe velho barreiro pra

Tosei de cima pra baixo, deixando os lados padrão
Depois com a tesoura em pé, arrematei bem do meu gosto
Engraxei o sobrelátigo, que segura o travessão
Lustrei a alpaca do mango, fiz brilhar ficou um colosso
Como pelo deste picaço, calçado das quatro patas
Salgo do olho direi

Deixei do bar com os amigos, passou a ser o motivo
Abandonei a cachaça
Abandonei as balada, rodeio, bailão mais nada
Foi tudo perdendo a graça

Foi bom até certo ponto e de repente um desencontro
E o namoro foi pro mato
Confesso fui idiota, choro largado baixinho
Eu

Sola da bota judiada
De arrasta o pé na vaneira
Fazendo levantar a poeira
Bamo que bamo moçada
A gaita abrindo a goela
Num fandangão empeçado
Eu me encontro bem pilchado
Já escolho a prenda, é aquela

Rasga a gaita e meta ficha, que venha a primeira marca
Que

Gaita surrada de puaços de invernadas
Nas madrugadas bueluda mostra seu brilho
Vai no domínio de quem completa a sentença
Rezando a crença na missão que nos foi dada

Isso era luz na alma do fandangueiro
Que bem faceiro se diverte no fandango
No passo manso ou no xixo ma

Quanta desilusão, dentro dessa banheira
Mesmo sabendo que a minha roça tá no jeito de colher
A cotação do dólar me faz enriquecer
Mas o coração a ponto de enlouquecer

Aqui dentro as mágoas de um fazendeiro
Perdi aquele olhar
Que conquistei de graça
Com todo dinheiro

Sabe, todos os mistérios e mitos sagrados
Foram revelados na força do amor
Lágrimas que molham a cruz da sepultura
Sobre a terra escura aonde nasce a flor
De todas as razões que foram contidas
Sobraram suas lágrimas na despedida
Lembrei por um outro lado subconsciente

Sei que às vezes ando por aí
De calça jeans e de fivela
Boto meu chapéu de palha
E outras vezes o meu chapéu de laçador

Sei que as vezes masco um fumo importado
Ou tomo um tererê pensando nela
Ando nos rodeios de bombacha e tirador
Pois sou doutor nas cordas

O

No tranco da vaneira me vou pra lá e pra cá
Eu já nasci sabendo não precisam me ensinar
Sei laçar e sou bonito e na dança sou descontado
Eu entro e fico parado esperando elas se chegar

(No tranco da vaneira me vou pra lá e pra cá)
(Eu já nasci sabendo não precisam me ensina

Quando a noite cai
Eu olho ao meu lado
E vejo que não está mais aqui
Eu fecho os meus olhos e sinto você sorrir
Me dizendo que eu sou o homem da sua vida
E que você era louca por mim

Me diz, o que eu faço agora sem você aqui
A solidão tatuou meu peito
Eu não pos

O Céu, o campo, um pelêgo e dois cavalos
Marcaram um cenário de um sonho, ilusão
Disparam os corações num galope feliz
E O Canto da Perdiz vai quebrando o silêncio

O vento balança os cabelos da prenda
Que sai a galope campo a fora
Só pra me encontrar de novo
Ta tudo

Vou te contar meu compadre
Tamo na maior encrenca por causa deste animal
A nega véia reinando, diz que tá só incomodando
Coitadinho do meu bagual!

Fiz la nos fundo a cocheira dei um jeito nas goteira
Nem um pingo de água passa
Mas diz que junta muita mosca e um fedor de