Ela dança na calçada assim
Na mão um pedaço de papel
Rodopia com o papel na mão
Gira, ardendo o verão

Agora o céu mudou de cor
Amarelos e laranjas, tons de azul
Esse instante me desperta
Numa tarde de domingo eu vou atento ao que não

sou o imenso vale de contr

Verso em prol de sensações mais quentes
Em vão, em vão
Aqui nem palavras aquecem meu coração

Eu me desabafava toda contigo sempre
Que não me ouvia e só se queixava
A cabeça quente, a conversa fria
E só me chegava trincando dente
E o olhar demente

Eu te pedia a boca ou te dava o ouvido
E tu não beijava e tu não falava e tu não queria nada comigo
Que me desa

Um gato preto cruzou minha frente
Me olhou diferente
Que treta vai dar?

Quem sou eu nesse disse-me-diz
Botar fé em crendice popular?

Menina corta a laranja direito
Assim não vai nem se casar
Deve sair inteirinha essa casca
Deixa eu te ajudar

Menina corta

Os meus olhos já não enganam mais
Minhas mãos já não podem ver
Que estas flores que me traz
Já conseguem me prender

O vazio já não corta mais
Mas não deixa esquecer
Que os dois rios estão longe demais
Separando eu e você

E é longe pra quem não vê que o horizon

Os dias de hoje não têm tantas horas
Porque te demoras para chegar?

Eu posso pedir para o tempo
Eu posso esperar mais um pouco
Eu posso pedir para o tempo
Eu posso esperar mais um pouco

Mas os sonhos dos loucos também são bem loucos
E não nos revelam a hora que ir

Lá, lá, laiá, laia, laia
La, laiá, laiá, laiá
Lalaiá, laia, laiálá
Lalaiá, laiá, laiá

Linha, lã, bordado e rendas
quando o meu amor chegar
Traço um céu cheio de estrelar
para eu meu colo morar

Trago em cheiro de alfazema
Este presente a lhe entregar
Na

Letra Thielle Pinho
Música Paola Kirst e Dionísio Souza

São quatro e trinta e dois da tarde
Já tinha colocado a chaleira para esquentar
A água do meu café

Essa tal mania de aflorar
As ideias e a cabeça gira
Essa tal mania de aflorar
As ideias e a chaleira a ch

Canto para mim
Canto para amar
Deixa ele vir, vai!
Inteira

Canto porque peço, porque danço, porque será?

Canto para mim
Canto para amar
Deixa ele vir
Vai inteira !

Inteira, inteira, inteira

Canto porque teço
Quero em ti, dança, poder mergulhar

Sou toda feita dos desejos infindos
Dos abraços profundos
Das verdades silenciosas
Sou toda feita de lembranças mal dormidas
Saliva, sangue e gozo
Sussurro e suor
Costuras que me bordam marcas na pele

Converso comigo um silêncio que berra
Silêncio que inflama, que revela
Desapressa o passo
Senta, sinta, inspira, vê, silencia, escuta
Odores, cores e poesia
Poesia na beleza do cotidiano
Sob o olhar de um mesmo lugar