Talvez você não saiba
O quanto machuca brincar assim
De ir e vir
E o desespero e a gargalhada
Que fiz de nós

Mas além dentre nós dois
Lá fora de casa
Tudo parecia ter
Compromisso consentido

Isso me dar
Mais vontade ainda de sair desse lar
Daqui tud

Ah, que saudade!
Da nossa velha Batista Campos
Há graça na ingenuidade
Da crença em longos anos
Batista Campos
Eu nunca vou esquecer
Daquele nosso encanto
Do nosso medo de crescer

Eu sei que a praça mudou
Mas eu te digo obrigado
Pelo dia em que amou

Derrama teu rancor no solo
Pra que ele infiltre
E se despeça
Desfeito assim teu prejuízo
Sobra mais tempo pra

Rodar e desfazer a contramão
Rodar e desfazer a contramão

As tardes vão dourar melhor
E o gosto perdurar
Sossegando os atritos
Mal resolvidos<

Nem que eu tenha
Que prezar por tudo
Que adoras e desgostar
O que tu não suporta

Nem que eu
Me perca no espelho
E no reflexo
O que eu vejo és tu

Que eu te dou
Tudo o que quiseres
Nem que seja
Só um motivo
Pra não partir

Fica, fica que eu<

Quero tirar o gosto ruim da boca
Descartar toda a saudade
Boca de gosto ruim
Quero tirar toda a saudade, descartar

E me jogar de peito aberto
No novo e desconhecido eu
O que vivemos nada apagará
Os beijos no chão
Os gemidos vão ficar

Minha costa marcada na

Me vejo feito isca
Desse teu olhar bagunçado
Ora diz que me busca
Ainda que, depois, me desdenhe

Me confundo todas as tardes
Nesses intervalos tão miúdos
Em que a tua retina penetra a minha
Fazendo feitiço na umidade

Calibra teu poro neve ao meu
Que esse b

A muralha que fizeste
De tão forte, descontente
Me contemplaste na matéria

Da cobertura tua
A muralha tu enfeitaste
Enquanto capenguei ao quebrá-la

Tu muralha
Brando forte marfim
Manso belisco
Gargalhas muralha

Me fazendo, assim, vermelha
Me dobr

Eu desprendida
Dessa nossa cama de gato

Um licor pra esquentar
O rastro que o chão comeu

Veste em mim a saudade
Do teu charme obscuro
Tornando os meus laços um tecido vagabundo

Corre em mim de novo
Que apesar da tua desfeita
Eu dou um nó!

E o balan

É um dia de domingo
Acredito no que é lindo e pode crer
Venha! Meu amor, caminhe comigo
E risque o seu nome em meu viver

Mas veja, a chuva não atrapalha
Ela pinga e não rechaça
O nosso beijo, selo molhado de amor
Na na na na na

Essa é a nossa bossa
Como am

O cheiro da tua carne
Ainda está aqui
O cheiro da tua carne
Ainda está aqui

Em ti não fiz meu lar
Mas tu fizeste em mim
Admirei demais
A força que há em ti

Não importa
De quantos perfumes
O cheiro da tua carne
Ainda está aqui

Não importa

Como já diziam os mais antigos
A poesia foi deixada pra trás
E eu já sabia que o amor estava em falta
Onde está?

Como já diziam os meus vizinhos
A paz encolhe cada vez mais
E eu já sabia, desde aquele dia
Todos esses fatos banais

Os elefantes não esquecem

Asa aberta pro mundo
Coração pulsando junto
Linhas sobrepostas e paralelas
Pois tudo é impermanência

Um olho no escuro
O outro acesso

Corpo se solta, afinal
Tudo é momento

Eu sou tão passional
(Eu sou tão passional)
Eu amo feito um animal

Eu so

Rita se deita com o presente
Mas só geme como o passado
Mente, diz que sente
Muito mais que um orgasmo

As unhas nas costas
Doem além da pele
Memórias são sobrepostas
Por mais que ela sele

Então outro rapaz
Que exala boêmia
Mas Rita ama o que se esvai

Essa mulher
Que ao te adentrar os olhos
Te faz Pompéia
Estúpido nas curvas dela

Um toque, Deus, tu sabes
Satânica maluca
Me inflama dos pés à nuca

E com uma dança
Me sinto em brasa
Rasgando além das costas
A minha alma
A dança
Freia

Sa-tâ

Como pássaro me movo
Neste céu que tanto chove
Tarde azul

O calor que nunca dorme
E a asa que pousou, eu

Vôo sob o rio tranquilo
Raso Gosto
Eu sou faceiro, eu me embrulho
No céu que chora
Na mata que cheira
Meu coração enfeita o alto

Tão alto foi

Oh vento cinza!
Personifica o teu som em minha voz
Anseia o meu desejo ao mundo
Traga-o de volta e que me ame a sós

Oh vento cinza!
Espalhe os pecados da carne
Sopra esse amor em meus braços
Abre teus feixes no espaço
E permita o sol entrar
Nesse mundo que é