Adoiê que reza a alma
Busco a luz
Busco a luz de manhã cedo
A luz de manhã cedo

Quando eu me ponho a trabalhar
Na certeza de nada faltar, meu santo guerreiro

Traz de longe as velhas notícias
Das pessoas que se lembram
Das mágoas que se lembram

Eu sou bra

Na avenida da cidade uma corrente
Eu vi pessoas procurando a solução
Em cada esquina um olhar, uma semente
Alimentando uma chama em combustão

Eu vi um menino, eu vi um soldado mutilado
Em uma guerra sem sentido e sem razão
Vi uma estrela, vi uma coisa no telhado
Vi

Sob as sandálias de um pescador
Ou na camisa de um torcedor
Não importa a minha cor
Se o meu caráter é que define quem eu sou

Num campo de batalha verde e amarelo
Persisto em caminhar do jeito que eu quero
Assim sigo minha sorte
Eu tenho minhas armas, armas de Jorge

Fecho os olhos pra não ver
Sou covarde, covarde
Corro de verdade
Fujo das minhas vaidades
No caminho, caminho
A terra esconde os teus segredos

Meus passos não deixaram marcas
Não tenho pegadas
Na areia, na beira da praia
Lavada pelo mar
Sei que à noite é

Na casa da fogueira tem guerreiro, tem
Na casa da fogueira tem flecheiro, tem
Na casa da fogueira tem amigo, tem
Na casa da fogueira brasileiro tem

Na casa da fogueira tem guerreiro, tem
Na casa da fogueira tem flecheiro, tem
Na casa da fogueira corre gira, vem
Na c

Eu em minha redenção
Vi o meu povo sambar
Pelos mares ela vem, Janaína

Na estrada que eu caminhei
Às vezes eu tentei buscar
Uma explicação, a verdade

Primeiro de janeiro é hora de pagar
Os fogos acabaram, então vamos entregar
O mar está aberto, o céu está fech