Se a luz dos meus olho apagar
Não será preciso chorar
Ó alma pecadora
Se você quiser
Vem ver o meu fim

Eu em vida estou vendo tudo
Que você já não gosta de mim
Se a luz dos meus olho apagar
Você vai ter muito que lembrar

Eu lhe trato
E você me maltrata

A tristeza que vivia ao meu lado
Me deixando amargurado
Graças a Deus foi embora
Um amor sem dó, sem piedade
Fez tamanha crueldade
Já nem me lembro agora

Sou feliz
Tenho alguém pra me adorar
Construí um novo lar
Em boa hora
Alguém
Que me trata com te

Na expressão do teu olhar foi que senti
Que me amavas, eu não podia, não podia fugir
Na expressão do teu olhar, compreendi
Que precisava do carinho que nunca senti

Os teus lindos olhos, encantadores
Tinha um quê das flores
Rosas formosas com brilho
Do orvalho da man

Que linda melodia
Que lindos acordes
Que lindas passagens musicais
Quando estou inspirado
Fico fora de mim
Não sei se outros autores
Se sentem assim
Este sangue de artista
Não me deixa sossegado
Esta veia de poeta conseguiu me dominar, me dominar

Parece

A paisagem colorida
Bordando a estrada
Enfeitando a vida
Imagem querida
Ferindo a lembrança

Degrau primitivo
De verde esperança
Que distante ficou
E a saudade
Em ser presente teimou

O tempo seguiu em frente
Sempre indiferente
Num rumo futuro

Meu maracatu
É da coroa imperial
É de Pernambuco
Ele é da casa real

No tempo em que o Brasil ainda era
Um simples país colonial
Pernambuco foi palco da história
Que apresentamos neste carnaval
Com a invasão dos holandeses
Os escravos fugiram da opressão

Eu sinto uma dor no coração
Mas não é paixão
É porque mandei uma carta para alguém que gosto
E até hoje eu não tive nenhuma resolução
Não mandou resposta
E eu não sei se ela gosta de mim ou não

Me disse o portador que a carta ela não rasgou
Guardou para uma recordaç

Quero ter alguém que tome conta de mim
Não suporto mais ficar sozinho
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho

Disse-me vovó Cambinda
Que a minha mandinga só vai ter remédio
Eu casando ou juntando com a filha
Da Dona Cecília com Seu Nicomedes
Seu

Fala minha tia!
Meu fio, você se lembra
Daquela música que
Antigamente cantava assim?:

Aqui có no terreiro
Pelú adié
Faz inveja pra gente
Que não tem muié

No jacutá de preto velho
Há uma festa de yaô

Ôi tem nêga de Ogum
De Oxalá, de Iemanjá