Já faz tempo que meu peito fala
Suspirando que é você
Desde aquele tempo se ecoa
Tantos versos pra você

Nem a distância
Nem o medo
Lá no fundo
Me diz que vai ser

No seu tempo
Não tem jeito
Mas eu pago pra ver
A gente acontecer

Ah
Corpos s

Pisando no morno
O pé rejeita o nó
O olho que precipita
Ele admira o Sol

Pirotecnias
A crepitar
Na lente irradia
As cores mágicas

Eu sou cosmopolita
Levito hoje em dia
Cada vez mais
Aprendo a voar
Abastecer minha alma
Eu sou urbana
Saio

Bendirá essa faísca acesa no meu peito
Que vem provar o vasto sentimento
Gente tanta, ô

Bendirá essa vontade emendada há tempos
Querer correr pra dentro do teu beijo
Esse alguém que, ô

Entrelaço
Inquieto o meu olhar
Quer quedar no teu lugar
Quer rodopiar n

Você veio
Bom presságio
Todo inteiro
O meu caso
Meu grande e perene amor

É de um lado
E do avesso
Vai verter, reter
Tranquilo
O grande e perene amor

Eu te sinto muito
E é tão bom te sentir
Te desejo sempre
Quero constante aqui
Que bom q

Fagulha no peito
Quer emergir
Assopra o vento
Mas por um triz
Nada dissipa
Nada dissipa

A foto é momento
Deve existir
Em matéria nas mãos
Ou cabeça nutrir
Resgatando o instante
Resgatando o instante

Olhos que vejo voando
No topo do céu

Uma luz bonita
Entrando no meu quarto
Alumiando a estante
Deixa tudo vivo

Essa luz dourada
Atravessa a janela
No toque vira arte
E então se faz poético

Coexistir com a sombra que faz
E dança tão solta como os animais
Eu, mulher, me desnudo inteira

Custou tanto tempo
Assobio assim
Imaculável sentido
Tão bonito
Quando bate o perigo

Me engole
É peçonhento
Me engole
Bagunça dentro de mim
Por fim

Quero ser a primazia
O teu córrego de rimas
E de versos que inda nem
Construí

Um delíri

Vou de contra ao vento
Dispersa no multiverso
Não é lisergia, amor
É coração aberto

Aurora Astral Boreal
Eu sigo o sentimento
Na magia universal
Viagem escarlate

Galáxia, amor, de espiral
É o que nos espera
Na energia espacial
Que fisga, mas não ce

Algo na noite a esquentar o meu corpo
Mesmo sendo noite fria
Vem da coragem de dizer do fogo
Talvez a palavra dita

Magnetismo ainda
Maresia prima
A atração que a gente sente
É pura poesia
Não vivida
Mas sentida

Revelo abaixo da Lua madrinha
Que que

Te leio dentro da madrugada
Teu cacho me aparece
Na passagem da página
Meu corpo se esquenta
Com a quentura que escreveste a alguém

Te leio meio fora de órbita
Eu leio ralentando as horas
Ao relento, ao desejo
De um encontro submerso

Voa palavra
Alcanç

A chama apaga
Se não for estimulada
É, torna-se fraca
O tempo maquia a certeza

Que não tá afiada
A língua não mais quer sua lábia
A boca não quer ser mordida
Por uma mentira alojada atrevida

Não, amor
Não tenho paciência mais
Não, amor
É para se jo

Você vem pra mim
Bem pra perto de mim
Dentro de mim
Quando o amanhã chegar

O gosto da tua boca
Tem gosto de mel
E o teu beijo me fascina
Quando o amanhã chegar
Eu vou até
Ah ah

Fica comigo
Me deixa entrar
Pra eu me instalar inteira
No teu p

Guardei o meu mundo
Achando que eu
Esbanjava a todos
Mas sobrou pra ti inteiro

Carrego feito louca
O que sinto por dentro
E é imenso
Imenso

Vontade animal
Que atropela
Lua e luzes acesas
És meu menino

Meu olho te namora afoito
Quieto desa

Veio
Jogou-se inteiro
Despiu a capa
Aberto e manso, forte

Veio
Se deu no abraço e abriu os braços
Pra que eu fizesse morada

Quero chegar no cerne desse nosso sentimento
Quero aprender da vida
Ver o tempo andar com a gente
Quero juntar moeda pra comprar

Será que me escutas
Dentro desse momento
Fora desertas as ruas
Tu voltas ao pensamento

Parece até que mora
E mora mesmo dentro
Mas já correram as horas
Trocaste o endereço

Mas já correram as horas
Será que te conheço?

Se é que me escutas
Meu chor