Vejam
Doutor Sapiens sempre inventa de inventar
Quem sabe salve
suas cobaias
Quem sabe saiba pesquisar sem parecer rudimentar
Talvez lhe caiba inventar um novo jeito de pensar

Nossas curas mais recentes
Quem se habilita, dê um passo a frente

Vejam
Um pongí

Isolado do mundo por tijolos vermelhos
aqui temos janelas mas não temos espelhos
E também temos tanque pra lavar roupa suja e quem não estiver satisfeito que fuja

É tentador a gente ser independente
A gente age por impulso, a gente "vasa"
Mas lá de longe uma vontade inconsc

Chevéio vermelho
Reflete no espelho
A vida ficando para trás
Momentos que não voltam mais

Chevéio vermelho
Sem seta, na reta
Enxerga um horizonte melhor
Já sabe o caminho de cor

Chevéio vermelho
Sem charme, sem freios
O seu motor é como o meu coração

vem logo, se apresse
o céu já vai abrir
e eu não quero me arriscar
nem um segundo mais ter de me privar
da beleza de estar sob o sol a me banhar
uns se protegem, outros em liquidação
do que adianta discrição
se tudo gira em torno de exibição
a não ser que

Complicado
Sou e sou feliz
E ao meu lado você me faz tão bem

E essa vida de empecilhos tão banais
Faz-me pensar que até somos normais

Mas não pense que a loucura ou timidez que me envolve
É tão complicado assim

Levo a vida como vida que tem fim
Se duvida, en

Eu sou a mesma criança que sonhava,
Com um milhão de obrigações e uma barba
Ansioso porém desesperado
Esperando proteção por algum lado

Eu sou o mesmo garoto que chorava
Quando o medo de morrer me incomodava
Mas me obrigam ser alguém mais ponderado
E chorar agora é

Estava mesmo muito bom
Demais pra ser verdade
Mas vem a realidade
E traz à tona o pesadelo, o caos
E é tão real

Eu perdi completamente
A noção do que se vive
E do que está na mente
Mas de qualquer forma soa igual
Faz o mesmo mal
E é tão real

Na

E a mim, por quanto tempo quererá
Assim tão plenamente feito agora?
E ao fim veremos quanto irá sobrar
O que resistirá de todo eterno que se adora?
E se querer não é poder você não pode nem terá
E se não ter é o que há de certo o que me resta é adorar
E se não ter é o que

Chove...
Quando em vez...
Morrem feito déja-vù
Os Planos que se fez
E ao julgar por seus cabelos,
Faz um ano ou mais...
E ao julgar por seus cabelos,
Faz um ano ou mais.

E do que restou ainda ecoa o azul

Sou o piolho de Sansão
Sou folha seca pelo chão
Sou nicotina em seu pulmão
Sou presa fácil em extinção

Às vezes quero ser um Deus, às vezes apenas eu
Às vezes quero ser um Deus, às vezes apenas eu

Às vezes penso e sinto um gelo
Às vezes esquento com o meu cabelo

Um ombro jeans a coagir um poste às seis
Se vendo assim, vai reluzir mais uma vez
Cigarro ao fim, e outros ao chão feito um motim
Queimam capim, logo serão cinzas, enfim

Fim do motim

Sob o chapéu, o estorvo ainda cansa o chão
À meia luz, o contorno do o ar de assombra

Sei que irão jurar que ninguém viu
Cegar o dom de ver algo mais
É o que qualquer um faz
E quanto mais tentam encobrir mais é preciso esclarecer
E enfim se entregam
E ao dizer enfim sossegam

Sempre nos negam a imensidão da dimensão que paira
E só se faz notar a quem

Era uma vez um lugar
Onde a canção te levar
Preste atenção, nele há rosas por toda parte
E uma delas tem seu nome
Tente encontrar... boa sorte

John e a rosa que leva às nuvens

Não posso ver seu topo
Mas vou subindo aos poucos
Quero chegar sem pressa
Quero

Me distorce com seu ódio
de quem quer queimar com os olhos
Me protejo à sua sombra
Quando lança-me uma bomba

E me fere sem medir esforços
Eu recolho, triste, os meus destroços
O meu tom cortante te esmigalha
No calor de mais uma batalha

Mas se eu te atingir, a

Oculto até o ranger da porta
Medo da verdade morta que vem atormentar
Olha através das lentes irreais, inexistentes
E vê como ninguém
Tensos passos apressados
Nunca olha para os lados
Sabe de cor
Estão ao redor
E as pessoas nem disfarçam o desprezo em seus olhares

A mágica foi destruída, era só lógica
A lógica foi omitida e fez-se mágica

Então aqui estamos, entre cartolas e coelhos, escolas e espelhos
O fútil absorvido intensamente nos leva a caminhar por entre ventres
Que não nos deixam claras as saídas, então sejamos almas mal nascidas

Um lagarto cinzento passeia no teto
Uma lâmpada acesa repleta de insetos
Ouço o uivo do cão, longe, que choraminga
Ouço o som da torneira insistente que pinga

'Tic-tac', o ponteiro sem pressa me irrita
Assim como a sirene apressada que grita
Ouço o chato do grilo estrid

Nada que cai do céu tem recado assim por falar
Nada que vai além do céu não leva nada pra lá
Lá não é tão azul, tão preto e tão cinza feito aqui
Mas é que lá existem as verdades
Verdades que ninguém nunca falou por aqui
E são muitas verdades, as suas, as minhas e as do outros

Tão eletrônico
O homem atômico parece estar feliz assim
Tudo tão prático
Tão automático
Inventa o seu próprio fim
E velhas profecias já não chocam mais
E as últimas páginas do grande livro hoje são primeiras nos jornais
São os sinais, como os da última vez
Tão ban

Quando paro de inventar
Pode me prever e olhar
Qualquer João, sou eu!
Tão comum quanto Deus

Quando então lhe disse:
"Vá buscar sua cota em paz!"
Já não resta mais vintém
Bastou-se a dizer adeus

E renegado ao léu
Vou pegar o meu chapéu
E se você quiser