Não espera ter coragem pra ser forte o bastante pra vencer
Foi treinado para ser melhor dando jeito
Se não tem jeito de ficar pior, já tá feito!

Ri da própria desgraça, especialista em trapaça
Mas tem o carnaval pra curar sua dor
Já acorda na fila pra enfrentar sua sina

Dias de Sol serão mais fáceis pra viver
Quem não te conheceu não sabe o que perdeu
Eu tive sorte

Dias de Sol e vem a brisa dizer
Foi tão breve, mas quanto prazer
Em te conhecer e merecer seu abraço
E te ter ao meu lado sempre que eu quiser

Vai e faz um afago na ch

O rio é doce
A vale amarga
Ai, antes fosse mais leve pra suportar essa carga

Entre estatais, multinacionais, quantos ais!
Dívida interna, dívida externa, dívida eterna!

Rio doce, lama pesada
De cima do vale tudo que vejo, a terra arrasada
Rio doce, seu vale amarga

Não vim aqui falar de amenidades
Eu vim contar minhas meias verdades
Olhando tudo por cima do muro
Sem distinguir as sombras no claro e as cores no escuro

Eu vim calar para os pobres de alma
Pra dispensar sua dormência e calma
Vendendo caro os meus absurdos
Alienado

Meio milênio, meio tribal
Colonizado numa espiral
Que ao invés de subir, desce

Meio egocêntrico, meio marginal
Gigante forjado em aço parcial
E ao invés de lembrar, esquece
Diferente do que parece
Tem coragem e destemor
Mas vai ter de provar sua força e amor

Me adestrei e esperei essa tormenta chegar
Pra não ter que suportar outra vez
Nunca pensei que fosse capaz de fazer aquela realidade voltar
Jogando os meus sonhos de novo no chão

Nem as flores do teu mundo ideal
Aos temores, nuvens negras no quintal

Me apressei e te d

Foi por querer que atirou sem pensar
Outro motivo banal pra mirar
Foi de perto, foi de longe
Foi de todo lugar
Ventania de traçante
Não deu pra desviar

Forças cegas, fatalidade
Má sorte diz jornal
Tudo certo, tiro aberto
E o que esperar da bala afinal?
P

Vá por aí e deseje o vento no rosto
E sonhos pra seguir, deixar o que ficou pra trás
Comece assim: Pegue o dia pra distrair
E volte só quando o sol se pôr

Sai por aí, não esqueça de perder a hora
Não leve a sua rotina a mal
Quem vai decidir o que interessa e o que impor

Eu provo por valor
Que não envergo pra você
Goste ou não do que sou
Eu sou só desse jeito pra me defender

O que escondo de mim pode esperar o porvir
Não tenho vaga cativa na cela
Já não estou por aqui, piscou já deu pra fugir
E o meu rumo mudou lá na esquina

E

Quem me reconstruiu?
Que partes você colou?
Na pressa e sem manual
Temo que alguma coisa sobrou

Vestígios de abril
Verdes mudando o tom
Trilha sem bagagem
Carrego comigo o meu som

Passa por mim rio sem fim
Que eu estou por aqui
Nada demais, simples ass