Tantos passos espalhados pelo chão
Minhas pernas se cansaram de andar sem rumo
Só por precisão
A derrota bem clara diante do Pai tempo
As palavras nunca revelaram
O que não sei dizer

Minha alma se derrama qual cachoeira
Seus mistérios são minas, tesouros, labirintos

Quando o coração da gente se enamora por alguém,
Tudo fica diferente, bate mais forte, não contém...
Amar é mesmo um risco, mas todos querem se arricar,
Eu quero correr perigo só pra te amar...

Poder te falar da minha vida,
Me aquecer no corpor teu,
Ver o sol nascer jun

Sem querer fui me apaixonar,
De novo dei meu coração,
Era só paixão assim pensei,
Não querida novamente amar...

Esse seu jeito de me olhar,
Teu sorriso foi sedução,
No meu jardim mais bela flor,
Dos meus versos doce inspiração,

És minha vida,
Um dendê,

Um trevo de quatro partes, bem ou mal me quer
Eu aqui você tão longe
Sou liberdade, faço arte, nada no lugar
Tempestade num instante

Você princesa de cristal, inatingível
Velhos preceitos te impedem de viver
São tantos guias nos ensinando o que é melhor
Quero fugir

Ô zé, pr'ond tu vai?
Eu vou lá pro meio da feira!
Ver embolada, desafio de repente,
Medicina de baiano, luta de capoeira,

Ô zé, eu vou bem ai!
Não faça tamanha besteira!
Eu volto logo, meu amor lhe peço tento,
Vou cumprir meu regimento, com sinhá rezadeira!

Ô

Coco só é coco se tiver batuque,
Se tiver pandeiro, se tiver cantiga, se tiver xodó...
O tum! Da zabumba, o caqueado da sanfona,
O triângulo, o chiado da chinela,
Bacamarte anuncia a festa,
É São João...
Chama Maria, chama Maria,
Que tá na hora de mazurcar...

Nã

Meu coração latino-americano
Tem porto certo onde se achegar
Apesar de ser cigano
Braço abertos tenho a me esperar

Essa cidade é beleza rara
Nas praias do Janga, sururu, cheiro de mar
O homem da meia noite, no passo em Olinda
Querendo me cansar

Selminha do coc

Navegar no imenso azul do mar
Cintilante luz do amanhã
É assim a vida
Só quer ser vivida
Ter sentido para existir
Um velho lá na praça
Histórias tão contadas

Do seu tempo que era e já passou
Dia e noite
Noites, dias vêm
E de novo estamos a buscar
Uma

Vejo através da sua cegueira
Ouço a voz do mundo, seu grito ensurdecedor
Ando indiferente a desagravos, filosofias vãs

Sapiência vem do costume de fazer
Da experiência adquirida, querer saber, ser
Procurar respostas é um fardo em vão
Não queira nem saber

Hoje o cé

Me faz desatinar quando sorri
E desse açaí quero tomar
Pétala no cio, rio feroz buscando no mar
Calmaria de pluma atroz
Vento sul, vem nos deixar a sós
De você mulher
Escravos somos sempre todos nós

Meu desejo sangra ao te ver
Paisagem Tropicana
Guardiã e do

Preta, preta, preta démodé
Faz pouco caso de mim
Ver se você me erra
Preta, preta, preta démodé
Fingindo nada ver
Não sabe do meu ouro

Todo dia essa mesmice
Teimosia sem igual
Quer me ensinar o que eu já sei
Sua vida é tão banal

Talvez por simples deva

Todo amor se ama
Todo amor se der
Todo amor infame
Todo amor prazer
Todo amor agora
Sem culpa nem hora
Todo amor na história
Dá pra se beber

Amor de mãe, de pai não é igual
Amor divino, sobrenatural
Nem todo amor é convencional

Amor sincero, que dá