Todo dia ela se faz na ida e se perde na volta
Todo dia ela se esvai

Deixando os seus pés na porta
Suas pernas na poltrona da quina da casa
O seu sexo no trinco
Seus seios no vazo
Sua cor e lábios na água corrente da torneira
Todo dia ela se perde em rastros

E

O que restou da geração leão do norte?
Enlouquecer à beira do Capibaribe
O que restou da geração Leão do norte?
Se entorpecer à beira do Capibaribe

Num universo paralelo
De alegrias plásticas
Depois de algumas doses
Todo mundo ri

Devaneios a beira do Capibarib

Respeito a tua nobre decisão (menino)
Pra não fazer chorar teu coração (menino)
A ti, dedico o tom desta música (menino)
Só tu, minha fonte de inspiração (menino)
Menino

Não sei se é bom ou ruim
Ficar assim
Longe de ti
Tão longe assim

Já fui presença constante
Desafiei a resistência
E um dia, coube em ti
Hoje, revisitando o nosso acervo
Descobri que tenho medo
De não mais caber ali

A saudade regou, eu, mudinha que você plantou
De tão pequena não se via
Era leve e muito não exigia

Era só

No circo da nossa vida
És tu o palhaço, e eu sou a equilibrista
Ocupo a zona mais íngreme da tua vida
Driblando a falsidade e a tua cara limpa

Não subestime o meu entender, meu amor
Já que sou mais tolerante que você
E se um dia eu falhar, meu amor
Não se preocupe,

Tão solta, tão disposta, soltinha toda
Anda a distribuir elogios
E galanteios aos ares

Tão leve, ela é tão de ninguém
Que quero ser dela
Quero que esse querer seja dela também

Nem seletiva, somente livre
Somente solta, soltinha toda
Tão de ninguém
É mulher