Faz tempo que de seu rosto eu só vejo a cor dos olhos
Faz tempo que ninguém mais sorri na rua
Mais uma máscara pra esconder nossos segredos
Faz tempo que não temos outros corpos ao redor dos nossos

E aí me vem um medo, um medo que só
Se eu pudesse te amar justo no teu juízo

Sigo sendo o pior inimigo da saudade
Essa água é salgada, esse choro é garoa
Meu pior desfecho é ser um feixo onde não cabe
Mais nenhum amor

Desci aqui na rua de casa
Pedi uma pro garçom
Sentei a beira da calçada
Pensei que te vi passar

Foi brisa, pensamento l

Num quarto escuro, atrás de um muro
Onde nada pode iluminar
Pra onde corro, enquanto choro
Minha mente já não é meu lar

Tô me sentindo tão sozinho

Perdi a fome, a dor consome
Devagar pra me saborear
A noite desce a insônia cresce
Tô perdido em pleno alto mar</