A noite empurra o pôr do Sol pela soleira
A pedra, o pó anseiam o vento que lapeia
A terra quente se rende sob os céus lhe
Rastreiam
O sangue gela pela noite a lua

Que seja a partilha vital da natureza
A luz e o escuro se avizinham e se assemelham
Sob a telha trazen

Vai descendo até o chão
E a grana do seu bolso
Vai sumindo meu irmão
Vai tirando o pé do chão
E o cabra faz a limpa
Usando a corrupção

Eita musiquinha arretada
Nem um pouco acanhada
Também tem disposição
Nisso eu concordo com você
Não tem nem o que dizer

Quer saber agora
Toda essa estória
Cê se aprochegou
E eu de cú de banda
Você nem se manca
Vê lá na esquina se eu estou
Eu ficando esperto
E você mais perto
Entrou na contramão
Eu perdi o bonde
Por favor me esconde
Fudeu meu coração
E fudeu meu cora

Eu e tu
Lá nas água do Magu
Eu e tu
Só nas água do Magu

O som rolando
No cais de JP
Eu te pilotando
Sem brevê

Êh, paixão lascada
Essa que eu senti por você
Sou um cara das anta
Quero estar em você

Êh, paixão danada
Essa que eu senti por

Tudo começou
Com o Bartô lá no Butí
Depois foi no Nena
Com umas cunhãs que eu te vi

Teu cabelo negro pareava
Com a tua saia de um palmo
E a lavanda Jequeti

Os seus olhos meigos alvejaram
Meu coração um arrombado
Só um caroço de piqui

Mulher melindros

Ele era um cabra bom
Do carnaubal era o Don Juan
Tratava as cunhãs como uma flor
Arrancava-lhes do peito o grande amor

Embora ele não esperasse
Encontrar um amor que lhe bastasse
Ele conheceu um filézão
E foi tomado pelo fogo da paixão

A lapa de mulher
Daq

Morena que passa
Distribuindo graça
Fazendo pirraça de mim
Assim não!

O teu rebolado
Doce compassado
Me deixa abismado
Suando nas mãos
O teu olhar encontra o meu
Não negues que sou eu

Caminhos sem sentido
Você sem eu
Alegria de romance
Minh

Te namorava nas calçadas do Pindorama
Em tarde quentes, ardentes, ventos de amor
Você com seu corpinho organizado
Eu todo de Tubarões da Cohab
Você me enfeitiçou

E sei te amei
Como ninguém
Cê foi embora
Cê foi capenga
Hoje não ninguém me tira
Dessa dose

Corre caboclo que agora não tem vez
O Projeto Véio já te viu
Beber mais pra viver a lucidez
A lucidez

Corre caboclo que agora não tem vez
O Projeto Véio já te viu
Bebe mais pra viver a lucidez
A lucidez

O branco pode ser branco
Não merece ingratidão
O

Viver só pode ser bom
Eu que nunca morri
Nem tenho o dom
Prefiro viver

Oh que beleza
Amar-te com realeza
Meus caminhos vou construir
Tem cabra morredor por aí
Até já morreu
Esqueceu de cair
Não quis provar
Do amor verdadeiro
Não lutou tal qual gu