Se a febre de viver não tem motivação
E tu gostas assim então gasta o coração
E a febre de sentir com força e nunca igual
Aquece e faz subir o delírio

Nesta explosão sem cor lá vão os corpos no chão
E os livros que queres ler não te dão qualquer razão
E a febre de senti

Quantas bocas sabes ouvir?
Amavas ser calma mas não és assim
Alvalade chama por mim

Nunca esquecer que a mocidade para nós chegou ao fim
Nunca esquecer que a mocidade para nós chegou ao fim
Já não tens idade, baby
A que a ti própria não precisas de mentir
E por isso

Se me tiras o ar
A ti, eu tiro-te a vida
Uma malha não me vai bastar
Tenho muita garganta
Pouca guita pra tinta
Só descrevo o que quiser cantar
Podes ver-me falhar
Até te mostro uma lista
A vaidade não me vai largar
Amanhã tou melhor
Tenho outras coisas em

Amor, a nossa vida andava torta desde o verão
Lançava-se à corrida mas perdeu a direcção
Perdeu porque à partida nos faltou respiração
E na primeira curva, amor, ficámos sem, ficámos sem pulmão

Já ‘tou por tudo
Ninguém sabe ao certo o que é viver neste Entrudo
Tentar fi

Água de cana, outra etapa da gincana
Na demora que eu procuro e que a semana nunca traz
Atraso bem o final pra madrugada ou meio da tarde
Só segunda é que volto a estar capaz
O que eu prevejo no futuro é tão duro
Que a cabeça não hesita em dar abrigo ao temporal
Portanto

Deixem os outros falar
Só me dão ideias p'ra cantar
Deixem os outros falar
Só me dão ideias p'ra cantar
São ideias p'ra cantar

Explicar o que eu te digo
Só vai dar mais trabalho
Cada um no seu galho
E eu no meu umbigo
Em Portugal, na França
Reage quem su

Andava malparado e sem saber, nesta história
Se é obrigatório que ela chegue ao final
P'ra todo o mau pecado que vier à memória
Há sempre um argumento que o faz ser bom

Andava malparado e sem saber, nesta história
Se é obrigatório que ela chegue ao final
P'ra todo o mau

Se tiveres para isso
Deves-te esforçar
Pelo menos tenta ter mais estilo

Com tamanha crista
Podes-me engasgar
Pois vais ter que ficar a ver

Podes pôr uns oculos
Ficam-te a matar
Se quiseres eu posso-te emprestar os meus
E o cabelo ao vento vais poder usar

Faço as vontades para agradar à minha mãe
Eu sei que é tarde pra fazer a coisa bem
Eu sei que é tarde, minha mãe, mas mãe eu sou assim

Por tantas modas que eu segui, mas nunca mudei
Fui sempre amado mas bem pouco aproveitei
E só com tempo, muito tempo é que aprendi

O

Depois do tempo
Que passei mais afastado
Voltamos ao passado
Porque nada em nós mudou
Contigo ao lado
Já nem sei qual foi o vento
Qual foi o pensamento
Que a nossa paz levou

Cada vez que era avistada
Dissipava-se em vapor
Apareceu toda afetada
Já can

Olhar
De rapina
Carregado
Determinado a não deixar
Que a minha alquimia, tão vazia
Seja domada pelo teu amor

Dá p'ra ver que é fundamental
Os refrões, os tacões e as flores do mal
Esta flecha é intencional
Os refrões, os tacões e as flores do mal

Vou olhando para as minhas ideias
Rebanho que me pasta nas veias
Eu remendo as minhas próprias meias
Mesmo que uma ou outra seja feia

As ofensas bem elaboradas merecem ser citadas
As ofensas bem elaboradas merecem ser citadas
Verbalizadas com pompa

Vou olhando par

Partir de repente é melhor que se arrastar
Nesta fachada que fica por restaurar
Com essa mão
Não gostas desta exceção
Ficas só no teu salão
Sem nunca sair do chão
Vai dormir

Partir subitamente é bem melhor que se arrastar
P'ra trás fica a fachada pervertida por

Qual é que é a guerra que acaba amanhã?
Só quero que aconteça sempre perto de ti
Sempre os dois em terra, meu amor
Sabemos que a guerra volta sempre no fim
Volta sempre no fim

(Meu amor, só tu me podes mudar)
Mas a alegria que me dás compensa, foste quem eu escolhi

Talvez, só desta vez
Eu viva inteiro e com sensatez
Por mais de um mês, só desta vez
Um muro de palavras a erguer
Fico a viver no litoral
Os dias que eu quiser
Francisca vês as minhas mãos
Na ponta do teu

São amor? Tão bom, perturbador
Carrego esta verdade,

Quando o país rebentar
Fico no meu próprio quarto
Repito à exaustão até estar farto
Defendo banalidades
Interessam-me as caras e não idades
Pode ser que eu venha a controlar

Se ainda me corrijo é porque eu tenho
Um bom conjunto de maneiras más
Para chegar a boas

Pela minha cabeça cortei um braço
No Burkina Faso hei-de me encaixar
Esta nossa conversa só tem um lado
Entro sempre fresco, saio a patinar

Cada um no seu lugar

Calculei: Só preciso de um ano; saiu furado
Mas não foi engano, a vida é mesmo assim
Ai quem me dera se

Trabalhar nunca me fez bem nenhum
Mas é melhor que ver o tempo a passar
Atrasado faço mais um refrão
Ao menos vou gastar o tempo todo a cantar
Não paro enquanto ainda for
A tempo a tempestade virou costas ao mar
Por muito que eu não queria de hoje não vai passar
Fecho

Não leiam olhos quando os meus não sabem enganar
Os dois buracos do pensar
Lamento não poder explicar

É na madrugada que o sítio muda de lugar
Eu nunca mais vou querer voltar
Eu nunca mais vou querer voltar
Eu nunca mais vou querer voltar

Viagem longa pela vinha e