Baby, o tempo passou, a mpb piorou
E a gente ainda tá por aqui
Baby, a seleção nunca mais ganhou
O comunismo quebrou e gente nunca mais se viu

Nos dias de frio sem levantar da cama
E nos de calor, sei lá
Você me convidava, eu tinha que aceitar
Era o nosso programa</

Contar os nossos sonhos não é de todo mal
psiquiatra é luxo sobrenatural
só fingimos que entendem
Nós, não vamos esquecer

Dizem que nós não fazemos mal a ninguém
e que a tv é para o nosso próprio bem
Mas brigam se tentamos desviar o nosso olhar

Eu conto as horas p

Todo mundo fala que as novas garotas gostam
De se perder por aqui
Todo mundo sabe que é mais fácil ser você
Mas ninguém parece seguir

As regras de etiqueta estão aí
Mas as calçadas estão sujas da mesma maneira
E é fácil esquecer de algo que lembramos a semana inteira

Na favela a bala é de aço
Corta a pele e desfaz o laço
Dos caras pintadas de sangue
Protestando o fim do cangaço
Vou pra rua e calço o sapato
Que é pra nunca pisar no asfalto
Quente como o coração
Dos 200 milhões da nação

Os poemas que eu te fiz
Provavelment

Das noites que eu saí à procurar
O que fazer, o que comer, alguém à encontrar
Das vezes que eu amei, sem me entregar
Eu sinto falta, eu sinto dó de não tentar

Agora o destino se foi e tudo ao meu redor é claro
Como um cometa
Me serve um dedo de cachaça e pega a contramã

Eu vi você e eu quis te ter
Mas eu tive que entender
Que uma garota bonitinha, educada e marrentinha
Também tem o seu dever
E o seu olhar de desdém foi pra mim
Tão cruel
Quanto um tapa na cara
Apertar o nó na gravata
Erguer a Torre de Babel

Mas eu
Não vo

Todo mundo sonha em ter
Um outro alguém especial
Pra chamar de meu amor

Todo homem sonha um ser
Durão, maduro, bem humorado
E um pouquinho Russell Crowe

O chato é sair do canto
Fazer o certo e cair no pranto
Enquanto tudo muda de lugar

O nosso caso é pia

Enquanto você deita na calçada
Eu tô do outro lado da cidade
Ignorando minha febre e vaidade
Só pra te dizer o que eu escrevi num guardanapo
Que está prestes a rasgar

E sobretudo eu sobrevoo o baixo clero, novidade
Fortaleza nem parece estar a sombra da maldade
Quan

Escolho apressadamente o meu futuro
E o planeta que eu vou chamar de lar
Esqueço tudo que eu deixei inacabado
E lembro que o passado é um pedaço de mar

Aguardo ansiosamente o fim do mundo
Pra dizer que o fim do mundo é muito cedo pra chegar
E que aqui só faz calor em fe

Meu bem eu nunca prometi
Que ia ser diferente ou melhor
O meus amigos são os mesmos
E minha vida caminha com um pé só

Você deve estar cansada do meu papo experimental
Regado à conhaque meia boca comprado no natal

Eles me chamam de santo
Elas me chamam pra dançar

Cheguei e tava tudo diferente
Ninguém mais sabe da gente
Não sou eu quem vai contar
Como um lampião ausente
Tatuando os versos do repente
No teu peito de sertão

Você bem sabe que eu não sei
Voltar pra casa de alguém
Que nunca disse que me quer
E em tantas sa

Já faz um ano que eu sorri
Pra você chegando aqui
Descendo do avião e caindo
Dentro de mim

Ah, se você quisesse vir mais uma vez
E me ligasse pra combinar aonde é que eu vou
E onde é que eu vou chegar

É, parece sóbrio mas não é,
É muito orgulho e pouca solução

Certo que o seu dia um dia ia chegar ele correu
Procurando pelos muros e esquinas, os versos que prometeu
Onde é que você mora?
Ninguém mais sabe de você
Coloca outra cara, e faz mais um pra gente ver

Que não aguenta mais
Explicar a situação
Seu moço, pra que tanto

Se o dia tivesse trinta horas pra gente se virar
Dobrando as sextas-feiras nada santas em São Paulo ou em Bagdá
Você pensando o mesmo que eu e tentando me adivinhar
A arte do pudor é um saco vamos nos libertar

Os piratas vão se vingar
Das mesmas caras em outro lugar
Me

Eu sei que tu me ouviu no megafone dizendo que eu não te amava mais
Não pretendia ver você feliz assim nos braços de outro rapaz
As tarefas cotidianas, a praia, tudo ja parece meio diferente
Refletidos no fundo do copo eu ainda vejo a gente, até...

E o moço do açougue
já es

Tem dias que eu acordo meio revolucionário,
Assino abaixo assinado e comento o noticiário
A minha causa é a preguiça, sou militante do meu sofá
Usando cartazes pintados de travesseiro pra me acomodar

Juventude transviada da cidade sem mar,
Bebem coqueteis molotov como se fo

Cansada da mesma rua e do mesmo vinho
Insiste em me conhecer
Já bêbado, eufórico, eu forço sorriso
Esse sou eu muito prazer

Ela parece com a garota (que eu vi parada ali)
Mesmo sendo diferente (do jeito que me sorrir)
Me tem na mão, mas não no coração

Conheço os s