Era do meu feitio
Sob o sol espreguiçar
Lá na beira do rio
Aonde eu ia me banhar

Eu olhava sem nenhum segredo
Para o rio que corria
Correnteza é o meu brinquedo
E assim passava o dia

Bicho do mato
Eu só queria
Deitar minha preguiça
Numa rede

Pudera ser o amor
Ninho de calor pra me agasalhar
Do frio que ficou
No deserto azul
Que você deixou

Dissera ser a flor
Perfume do amor a acomodar
O sonho de quem partiu
E deixou alguém longe a esperar

E eu espero como num exílio
Uma carta, uma noticia

Brigar de bater boca
Nervo lá no calcanhar
Vê se não marca touca
Gosto quando bota pra quebrar
Quando me esgota a calma
Te mando pra bogotá
Quando me entorta a palma
Te mando pra um outro lugar

Somos da pá virada
Nada de catequizar
Olha que a carne é fra

Gira sol a sol mar peninsular
Girassol a flor brilha a girar
Selva multicor vida desigual
Dias de calor sonho vertical
Estrelas são lençóis espelho de cristal
Seus olhos são faróis na linha marginal
Que surge e risca o céu devagar
Ante o olhar de quem sabe contemplar<

Dumdum rebola o esqueleto na gandaia
Pelas bandas de madagascá
Dumdum revela o dialeto, mostra o tom
Do amazonas ou de shangrilá

Dumdum é estrangeiro incerto
Dumdum é cor de azular
Dumdum é nome do deserto
Dumdum remexe e vem dançar

No toque de dumdum na boa

Coloquei sua foto na gaveta
Pra esquecer teu rosto
Já que do gosto nem me lembro mais

Deletei tuas palavras do e-mail
As vazias promessas
O sexo expresso em fotos virtuais

Antes, porém te dei meses dos meus dias
Sonhos, fantasias
Dei porque os tinha, sobrava e

JEQUITINHONHA
(Amarildo Silva e Paulo Peres)

Jequitinhonha
Voz na história
Prosa risonha
Luz e vitória
Banindo miséria
No chão do sertão

No Palco vida
Cotidiano
Surge atrevida
A primavera
Beleza da terra
Sonho desse chão

Que um d

Sim, os antigos navegantes
Já nos diziam
Que navegar é preciso
Viver não seria
Ó mar imenso, cortido de noite e sol
Tens no futuro, contidos, o bem e o mal
Quando o calor da ganância
Derreter a geleira dos trópicos
Não haverá nenhum mapa
Que escapa da fúria de

Meu amor eu tenho tantos planos
De viver a vida com você
Apesar de todos os enganos
Sinto que sou seu até morrer

Olho nos seus olhos me emociono
Sinto que com o passar dos anos
Fomos feitos um pro outro
Mesmo que os outros não consigam perceber

Meu amor, meu a

Quando te encontrei
Sei que virei um grão de areia
Pequenino fiquei
A contemplar sua infinita beleza
Você é um pôr do sol um entardecer
Um presente que só deus pode entender
Nessa vila você será o meu par
Já dançamos tantos sonhos
És a fascinação pedras que rolam<

Te encontrei primavera de novembro
Pele sorriso e sabor de lua nova
Teus sábios olhares, teus lábios vermelhos
Trazem a mensagem, tempo certo de amar

Te encontrei ruínas de um vendaval
Teus tons de oliva e teus atentos caminhos
A cor que é só tua, beleza que é quase tu

Pequeno ponto azul terra, água e ar
No meio desse imenso mar escuro que nem breu
Tiro o meu chapéu sob o luar
Do terraço de um shopping center tentei, mas não deu
Esquecer quem me esqueceu

Se vou de avião ou chego devagar
Quem me observa sabe bem que estilo é o meu

Eu te parei no meio da canção
E ainda estava emocionado
Com a beleza infinda, luz, visão
Lembraria um passado tão feliz
Um lugar junto ao mar
Flôr dourada que me fez recordar

De uma cidade imersa
No tempo da solidão
Onde uma andarilha persa
Encantou meu cora