“simbora” todo mundo não tem como respirar
As cinzas da cana queimada atrapalham meu olhar
Abriram as porteiras da humilhação
É beijo na vaca e fogo na população

Os problemas da cidade não interessam
A vaca de 1 milhão é mais importante

Famílias de nome que mandam em

Veja como sua vida melhorou
Veja quanto dinheiro você ganhou
Agora você não é mais um otário
Até se esqueceu que já foi proletário

Você agora só quer viajar
E se divertir
Muita pinga você quer tomar
E se distrair
Do velotróu você não quer levantar
E olhar pr

Pelas ruas da cidade eu vou caminhando
Chutando lata e observando
A pobreza na minha frente
A morte e a destruição
Frutos de um país deprimente
Acho que não tem solução

Não há futuro para nós
Milagres não vão nos salvar
A riqueza deles nos assalta
E a fome v

Enquanto o povo do governo está roubando
Você fica ai sorrindo
Com o seu conformismo
Larga de ser um idiota
Não é hora pra sorrir
É hora de agir

Mostra quem é você
Bota eles pra correr
Ficar sentado ai não vai adiantar
Então muda o seu jeito de pensar

Toda vez que eu te vejo
Me da vontade de te chutar
É uma coisa inexplicável
Eu tenho raiva só de te olhar

Eu não sei se eu vou aguentar
Já tentei e não da pra evitar
Eu tenho um leve receio
De que eu te odeio

Quando eu olho pra sua cara
Minha mão começa a

Começou com um
Depois foi espalhando
A ganância era tanta
Que a epidemia ia aumentando
Mesmo quem era de pedra
Foi corrompido
Agora nesse meio
Todo mundo é inimigo

Uou infectodemia
Uou infectodemia
No governo, no poder
Há há há

Infectar, corrom

Não quero ser sua cópia
Não quero usar suas roupas
Não quero o seu cabelo
Nem sua boa aparência

Não, não, não, não

Tenho o seu sangue
Mas não penso igual a você
Somos diferentes
Eu sou eu, você é você

O bem é um cara gordinho
Um cara em que podemos confiar
O mal é uma cara esquisito
Alguém com sede de matar
O bem tem as bochechas rosadas
O mal tem os olhos vermelhos
O bem é um grande amigo
E o mal não tem reflexo no espelho

O bem e o mal não andam juntos

O mimadinho, futuro boyzinho
Saiu da sua casa
Foi comprar brinquedo
Com o dinheiro que mamãe lhe deu
Não mexe com ele se não ele chora
Sai correndo pra contar
Pra mamãe o que aconteceu

Mamãe !!!

O mimadinho, desde pequenininho
Não liga pra nada
Quando

Num puta aperto do caralho
Sem dinheiro e sem idéia
Põem os filhos pra trepar na rua
Pra ver se diminui a miséria

Trepar com uma criança
Trepar com uma criança
Você acha isso certo?
Trepar com uma criança?

Nem menstrua, nem tem peitos
E você já quer meter

Ele causa muita dor
Ele causa muito sofrimento
Ele causa guerras
Ele é um tormento

Dinheiro, dinheiro
O papel desgraçado

Por causa dele nos fazem
De bichos
Consciência na cabeça
E dinheiro nos lixos

Reclamar de barriga cheia
Não leva ninguém a nada
Pra você seus problemas são ruins
Mas pra mim não são nada

Pois sempre em algum lugar qualquer
Sempre haverá um pior que eu e você

Pense dessa forma
E vá a luta
Melancolia não é nada
A vida é uma batalha

Miséria e fome em todo lugar
Sem emprego pra trabalhar
Governantes de merda roubando a nação
O nosso orgulho ferido pela corrupção
Levando uma vida mais que sofrida
Nos deixa uma pergunta no ar

Pra onde seguir?
Pra onde?
Se o inferno é aqui

Tantas noticias

Nossos programas sempre são iguais
Nem mesmo o sexo já não me satisfaz
Não aguento mais esse tédio
Também não quero cometer um adultério

Papai e mamãe todo dia
Vamos sair da monotonia
Eu queria mais variedade
E não essa castidade

Quero sumir dessa relação

De olhos fechados e corpo tremendo
Eu sinto uma vontade aqui dentro
De dizer que o mau tempo já passou
Que pouco daquilo restou
Apenas

Versos das tragédias da vida
Versos das tragédias da vida
Pelos quais / qualquer um
Pode / passar

Caminhos doloridos

Quero dizer que um copo
Não mata a minha vontade
Eu quero chapar e perder
A dignidade

Eu quero cuspir em você
Também deixar você me bater
Sexo animal a gente fazer
Depois vomitar até morrer