Conta uma velha lenda lá da fazenda do meu avô
E a cada madrugada a criançada chora de horror
Vem a mulher de branco com seu tamanco batendo o chão
Mas ninguém abre a porta, pois isso é obra de assombração
Toda a gente se esconde quando ela chega e se vai dormir
Fecha bem a t

Ah, perdido longe eu fico e me permito delirar
Se junto da soleira surge a dona Dagmar
Pernas semi despidas e compridas como o muro de seu quarto de dormir
Se Deus me permitisse eu outra vez subia ali
De novo espiaria da janela a se despir
No alto da imburana em frente à cama

Fica de toda grande mágoa a lição: Tempo que vem, dor que vai

Vai-te embora meu bem
Já não há mais porém nem razão que nos faça tentar
Joga as chaves aqui que eu também vou sair solto na madrugada
Vagando pro nada, pensando na vida que não vamos ter
Deixa o tempo passar e a

Tão bom poder te esperar
Na trégua que a saudade vez em quando dá
Pegar sanfona velha pra fazer canção
E ver, Maria Clara, a hora de você chegar
Põe teu olhar no meu olhar
Com a doçura calma de quem sabe amar
Que hoje é dia santo, reza junto aos teus
Sem ter nada de a

Foi mais um romance clichê
Mas tão necessário viver
Trouxe o coração na mão, pra vasculhar dum peito o vão onde caber
E o meu era feito um espelho a lhe mirar
E quando um encanto se faz
Que bom que é

Juras nos encontros de olhar
Luz que ofusca o brilho solar
Hor

Tudo demora, por hora ficarei longe de ti
Ah que saudade
Covarde, eu custo acreditar
Me maltratar assim meu bem é uma pena
Fomos um poema de amor, de tanto amor
Mas maquiados de adeus, teus olhos deixam os meus por outro olhar

Tento até sorrir, mas vejo-te partir choran

Quem vai me tirar do olhar a dor?
Pra me arrepender coragem não faltou
Se a polícia deixar, eu volto pra beira da praia
Foi preciso tentar a sorte na navalha

Quem manchou de sangue as minhas mãos
Também me tirou meus pais e meus irmãos
Se a polícia deixar, eu conto a ve

Já enchi minha sacola, eu vou, adeus!
Chega de chove e não molha
Isso é caraminhola e agora perdeu!
Você estava tão frajola
O que será que te deu?
Vou na de mestre Cartola
Já que isso aconteceu
Meu caminho é agora ao apogeu
Vou com a minha viola
Virar poesia n

Agora a moda manda
Calar o meu Brasil
Ponteio, bordão, cantiga de violão não se ouve tocar
Aquela linda escola
Da rua se findou
Não viu já perdeu e nem mesmo o sabiá pode assoviar

Mas minha canção nasceu querendo manifestar
Ouvi muito pra poder falar
Que o novo

Baita carreirão que dá
Quase enverga o tronco do araçá
Cravejado no costão
Arrodeia as areias beira-mar
Quebra coco, carrega embarcação
Bate a porta em sussurro milenar
Pega fogo, borrifa inundação
Solta maldição no ar
Leva o canto de uma Sabiá
Pro outro lado

Agora sei de quê se faz uma mágoa
É tudo que me basta
Pra ser sofredor de carteira
Se caminhei em ruas banhadas de pranto
E também eu achei
Consolo na mesa de bar
Um bem-querer desprezei
Mas foi pior meu penar

Quem erra, escolhendo a guerra
É dela culpado po

Passo a passo até New Orleans
Sem dar a rata que foi chinfrim
Foto de infância, que belo era o Maracanã
Um sucesso em Roma e Paris
Com muito gringo pedindo bis
Rumo aos noventa minutos, avante Brasil!

Era bom de bola na escola, mas a fome doeu
Tinha tanta febre por