Encontrei Rosa Branca
No meio do mundo
Vida moldada de Sol e sereno
Tão linda a Rosa
Deu-me ao sorrir
A magia que a vida tem
Sem resistir
Na alegria chorei também

Sem tocar, Rosa Branca
Me pegou no colo
Boca cerrada
Contando segredos
Me disse a R

Eu vou te contar
Do céu do meu amor
E um Sol poente, multicor
Ao sul do meu lugar
No Belém

É o matiz do firmamento
A copiar seu azul
Lanceiros da zona Sul
Pra sempre vou te amar
No Belém

Vou te convidar
Pra vir de coração
Conhecer meu galpão

Nos bastos fiz meu trono
Guitarra, léguas de versos
Firmando pátria e querência
Nestes confins do universo

E falquejando tronqueiras
De cerne pros alambrados
Domando potros de lei
Gineteando aporreados

Dei corda pros meus anseios
De, um dia, ter meu própri

Quem ta vindo lá,
É o seu Florêncio
Vem trazendo a mala cheia de coisarada,
"Travessô" o Uruguai a nado de madrugada
Mas só vem voltando agora

Quem tá vindo lá,
Tia Joaquina saindo da capoeira com a saia amarrotada
O balaio tá vazio. Ai! Não tem nada
E uma r

Num fundo de campo
Num final de tarde
Quando o céu de fogo
Lambe o milharal
Gritos e poeira
Mudam a paisagem
Reavivando a imagem
De um velho urutau

Uma voz de outrora
Adentrando a janela
Pedindo pousada
De encerra e galpão
Um sonho gaúcho
Vir

O sabiá cantou lá na mata
E o vento trouxe
Um cheiro de relva doce
De primavera Florida

O quero-quero voou lá na várzea
Enquanto a velha mulita
Matreira se entoca
Fugindo da cachorrada

Velho bugio cruzou pela sanga
Levando a bugiozada
De arrasto e de l

Eu destinei um passeio
Domingo muito cedinho
Peguei o meu violão
E fui pra o mato sozinho
Descobri uma figueira
Com os galhos cheio de ninho
E passei a manhã inteira
Embaixo dessa figueira
Apreciando os passarinhos

Como eu tava achando lindo
O viver dos

Um taura solto das pata
Buscando a plata
Conta co'a sorte
Quando a pobreza revolta
Vai dando volta
Na própria morte

Um taura solto das pata
Buscando a plata
Conta co'a sorte

Se um contrário cantou flor
E no partidor dei uma rodada
Meus pilas desapa

Retorno ao meu galpão
Num junho à boca do inverno
E junto ao fogo de chão

Quando a invernia desperta
Libera a alma do poeta
Do verso xucro mais terno

Por isso, noutra estação
Eu não me inspiro tão bem
Pois é mansa a solidão

Não tem minuano lá fora
Fa

Vou cantar um romance de amor e de sangue que um dia
Fez chorar o pampa na história de Pedro e Maria
Morena
Pedro Campeiro, Maria Clara morena

Pedro campeiro apeou e pegou uma rosa pra ela
Cruzou a porteira da estância
E no peito uma ânsia de um sol na janela
Na sem

Quando o vento vem trazendo terra
Logo se imagina o aguaceiro
Se enluta o horizonte

Anil, outrora, e, agora, breu
Escava a terra um velho touro pra vida nova
E a viração que vem tapando a cova
Como a enterrar o estio que já morreu

Folhas secas passam em revoada

Você tem um Sol bonito demais
E um rio do jeito que eu gosto de ver
O beijo molhado da beira do cais
Encontro selado do amor e da paz

No riso dourado que é teu bem-querer
Meu porto é assim, é o meu coração
Feliz, ancorado nas águas do sul
Encontro em teu verde minha

Te vi, ainda lembro bem
Eu era ninguém, entre tantos iguais,
Sonhando á teus pés,
naquele acalanto,
cobriu-me com o manto,
que teu brilho tráz.
Te ouvi, vendo o meu silêncio,
e as coisas que penso, sentaram comigo...
Ouvi alguns piás, e cantos de galo,
Me v

Fumaça de bóia buena
Me invade as venta
Atucanando a cuscada
Tá beirando o meio-dia
E, que judiaria
Eu não largo a enxada

Os bicho, por serem bicho
Não sabem que há um dono
Pra bóia e pra terra
E que não sou eu
E a gente se desdobra
Minguando as sobr