Copo cheio, conhaque e mel
Balcão, cinzeiro sujo de motel,
Nos ouvidos sussurros de sereia
Perna nua roça segredos debaixo da mesa

Nossos dias se foram
Nossos dias, bebendo até o sol raiar
Nossos dias se foram e não voltar no verão

Mesa de bilhar, troféus, a Jukeb

Sou facilmente provocado
Quase sempre revoltado com tudo
Qualquer palavra no momento errado
Me deixa muito puto

Eu ligo a tv
E sempre a mesma merda nela, todo dia
Assalto, estupro, assassinato
Só me traz agonia

A paciência já está no limite
Minha cabeça ch

Tempo lento, espaço rápido
Quanto mais penso, menos capto

Tempo lento, espaço rápido
Quanto mais penso, menos capto

Se não pego isso que me passa no íntimo
Importa muito?

Se não pego isso que me passa no íntimo
Importa muito?

Rapto o ritmo, espaçotempo ávi

Se você não tem nada a ver
Não compre a treta, meu!
Não compre a treta, meu!

Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas
Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas
Mas na piscina nada crawl!
Mas na piscina nada crawl!

Se você não tem nada a ver
Não compre

Não tenho papo, não quero papo
E ninguém vai explicar o que eu quero dizer
Não tenho papo, não quero papo
E ninguém vai explicar o que eu quero dizer

Eu tenho claro comigo mesmo
Que não é claro o que eu entendo sobre entender

Mas obrigado por me dizer
O que você p

Hei, vocês que estão na caminha
Hei, você, sozinho ou sozinha
Hei, amigo, amiga minha
Ouça agora a perguntinha:

Qual é o seu complexo?
Qual é o seu problema com o sexo?
Você vê nisso tudo um nexo?
Ou vê apenas o reflexo?

Nexus, Plexus, Sexus!
Nexus, Plexus

O que eu sentia era que tudo estava morto
Coisas vagavam ao meu redor sem me deixar partir
Estava louco para viver, falar, ser salvo
Estava doido para correr, voar por aí

O que eu sentia era que em algum lugar
Em algum lugar visões, garotas, tudo me esperavam
O que eu s

Tomei um whisky com Leminski
Um absinto com Rimbaud
Uma cuba com Neruda
E um saque com Basho

Estou de porre de poesia
Embriagado com palavras de amor

Tomei um vermute com Verlaine
Uma cachaça com Drummond
Um conhaque Kerouac
E um licor com Allan Poe

“Não dá pra ir mais rapidinho?”
Disse o peixe ao caracol
“Tem um boto atrás da gente
Se enroscou no meu anzol”
Saca só a lagosta louca
E a tartaruga na lambança
Já tão lá na prainha
Você vai ou não vai entrar na dança?
Entrar na dança

Você vai ou não vai, ou

Segunda, só intenções
Na terça, lembranças
Quarta e quinta-feira, garoa fina
Salto no escuro, cinco minutos

Saudade, palidez nua
Mergulho, vazio
Em oito mil metros quadrados de sofá
O que tiver que ter, terá

Quero ouvir sua voz
Ecoando no céu da minha boca

Moro em Super Mario World
Quando eu quero ser maior eu como cogumelo vermelho

Moro em Super Mario World
Quando eu quero ser maior eu como cogumelo vermelho

Eu vou, eu vou, eu vou voar a fase inteira
Estou cansado dessas tartarugas tentando me matar
Eu vou, eu vou, eu

Só espero que a noite acabe
Antes que eu enlouqueça
Não quero terminar
Com a cabeça na sarjeta

O vento soprano gelado
E eu querendo alguém que me aqueça
Eu ando perturbado
Eu quero uma cerveja

Não tente me analisar
Não tem explicação
Vou berrar pelos c