O caos ignorado
E o tempo corre desesperado
Sem empatia, compaixão
Força brutal sem direção
Sorrisos falsos, sujeira e aço
O mal se desenha em pequenos traços
A cada escolha um sacrifício
Pra toda alma um precipício

Verdade randômica, projeção abissal
O orgu

Sustentando o sistema seguimos alienados
O país do futuro tem um passado inventado
Essa ilusão de grandeza nos tornou derrotados
E a razão sucumbiu diante de um gramado

Vossas excelências, doutores, apadrinhados
Ficha limpa, direito a voto, foro privilegiado
Porcos desg

Meu sonho real além da verdade
Medos eternos e uma breve coragem
Uma morte rápida?
Uma vida curta?
Remoendo meus ódios
Perdas e lutas

Vivendo com a mente em conflito
Buscando a paz no infinito
Vivendo com a mente em conflito
Ninguém pode entender o que eu si

Nada é o que parece ser
Também não é como queremos crer
Apesar de ouvirmos tantas vozes, poucas que tem algo a dizer

Bons tempos e más companhias
Caminhos tortos e verdades frias
Um salto suicida no escuro, em busca de adrenalina

A vida e sua estrague-a como quiser

Medo e credo novato
Credo e medo inato
Alma e corpo mortais
Corpo e alma letais

Morte e vida, vida indecisa
Vidas e mortes, morte prevista
Sonho e desejo, desejo fútil
Desejo e sonho, sonhos inúteis

Léria e mudez, mudez inconsciente
Mudez e leria, leria au

Um ser inclinado à guerra
Potencialmente agressivo
Nascido em meio à selvageria
Condicionado a intolerância
A essência de todo mal

Conjura sonhos em morte e pesadelo
Mestre do caos, senhor da ignorância
O que fazer agora, Inês é morta?
Angustia e dor de uma exis

Sou o seu rei, o seu diabo
Consciência de lei e de pecado
O arquiteto da ação e do resultado

Represento a bandeira e o sagrado

Sou a mão do crime sem punição
A chuva que encharca o coveiro e molha o caixão
Alimento a arma com munição
Profetizo o caminho, a conclus

Cessou o fogo só resta a fumaça
Agora é pedra, quem é a vidraça?
Não há pudor caiu a mordaça
Mas segue o jogo com a mesma trapaça

Seguem as chagas, o sermão e a batina
Tempo inflamável, atmosfera assassina
Entre os escombros, faz de conta é rotina
Obediência, existê

Ossos, sangue e consciência
E o breve sopro da existência
Hospedeiros de ilusão
Vermes concebidos à extinção

Do caos prospera a nova ordem
E o mal rescinde a sorte
A vida surge do improvável
E desaparece inefável

Nosso mundo em confusão
Repúdio, escárnio e

Eu estarei em cada esquina
Serei o cheiro da urina
O corpo caído na calçada
O lixo trazido pela enxurrada
A onipresença que sufoca
O sentimento que revolta
A realidade que incomoda
O palavrão na sua boca

Trarei o silêncio para a festa
Serei o atraso para a p

Sigo vagando por caminhos estranhos
Demônios e anjos por todos os lados
Reis e bandeiras e seus rebanhos
Cartas marcadas e velhos pecados

Eu não confio em ninguém, sou um conjurado
Sigo de olhos abertos e punho cerrado
Eu não confio em ninguém, sou um conjurado
Olho

Peões em jogo, algumas vidas
Heróis de guerra em afasia
Tudo e todos são mensuráveis
Sorria, a vida é descartável

Aqui, morte não é escolha
Sem nome ou rosto, um animal
A esperança é o que nos resta
O homem é o dono do próprio caos

Medo e ódio santificados

Mal por mal, que venha o diabo
Celebremos o fim, quase tudo acabado
Farelo aos porcos e riso aos palhaços
E o futuro de novo ladeira abaixo

Caras e bocas e dente por dente
Olho por olho, uma guerra insistente
A vida não passa de um acidente
Sem conteúdo só corpo pre

Palavras vazias completam poemas
Bebidas geladas aquecem a alma
Guitarras etílicas preenchem meus sonhos
Refletindo em meu rosto as marcas do tempo

Eu já sofri o bastante, eu aprendi a bater
Em tipos iguais
Iguais a você

Pessoas Vazias, verme mamíferos
A cada

A voz que inflama a multidão
Somos iguais, todos irmãos!
E a marcha segue direto pra forca
Tudo a contento do senhor das moscas
Distante eu sou apenas a ideia
Perto proclamo a doença e miséria
As mãos lavadas e sem mais promessas
E dai a César o que é de César

Veja não há mais espera
Ninguém assistiu ao enterro, da tua última quimera
Ingratidão companheira sincera
Acostume-se a lama que te espera

O homem nesta terra miserável
Não passa de uma fera de orgulho insaciável
Se a alguém tem pena da tua chaga
Apedreja a mão vil