Não procuro explicação
Tão pouco tiro a mão
Desse fogo que desfaz
As respostas vagas

A moldura se quebrou
O soluço se abafou
Porque a gente vive assim
Com os pés suspensos?

Você não se lembra
Nem um sonho da sua imagem
Sorrindo sem graça
O espelho

Você se despede e não me conta nada
Você me despia e não me dizia nada
Você me olhava, Mas não me via
Você amava, Mas nunca entendia

O que precisamos fazer
Pra andarmos de mãos dadas?
Até amanhã...

O que nós devemos fazer então
Pra andarmos de mãos dadas?

Eu prefiro estar aqui
Balançando em paz
Na cadeira de balanço enferrujada

Eu prefiro estar aqui
Em silêncio
Esperando que as minhas mãos acalmem

Eu sinto tanto frio
Ainda ninguém me viu

Embaixo da cama
Embaixo da cama
Embaixo da cama
Embaixo da c

As vidas se repetem
Segundo os mesmos livros
Por entre os corredores
Infestados de ladrilhos

As vidas se confundem
Com cheiro de novela
Impedem os meus olhos
De enxergar pela janela

Luzes no Horizonte, Luzes no Horizonte

Monotonia eu sinto, monotonia

Os rostos que invadem meus sonhos
Me contam mentiras e segredos
As horas se perdem no sono
Me deixam deitado numa planície

Alguém vai precisar de mãos pra se segurar
Eu sei nunca vai restar uma lágrima
Pra ninguém

Eu não quero mais espinhos
Nos jardins de flor

Nossas almas sempre vão estar
No mesmo lugar
Longe, longe, longe, longe
Perto do céu
Beleza singular nascendo devagar
Vejo todo o céu assim
Antes do mundo despertar

Mesmo que vá
Sempre será
O seu refúgio
Sempre será

Eu acordo de manhã
Ainda exi