Pede a lua: Vem amar sob o meu véu
Dia a estrada: Vem te levo ao teu céu
Canta, a boca, tua alma na canção
Diz meu peito: Nosso amor não é em vão

Somos feitos de desejo e paixão
Colibris em fuga soltos pelo ar
Vai na mala o dia incerto e o caminhar
Sob o sol que é q

Toda culpa que há aqui
Todo ferro que há de ferir
Foram paridos da hipocrisia mãe
Dessa gente que olha e não vê
Todo esse falso pudor
Dogma ébrio, discurso fugaz
Toda essa seda esconde a podridão
Que mesmo latente se pode sentir

Há sempre um remorso a nos ferir<

Desabrocha o verso
Com a flor da minha idade
Corro: ânsia juvenil!
Salta-me aos olhos
Um horizonte mais além
Espelha o futuro meu!

Sorri a minha face frente ao novo
Compõe meu som a alegria
Efêmera desse povo!

Juventude, hoje, distraída
Sem fome de nad

Dorme menina que eu guardo teu sono
E sonha com a vida que eu quero te dar
Dorme tranquila escuta meu canto
Singelo e sereno pra te ninar

Esquece que o mal se esconde lá fora
E que a vida é difícil em todo viver
Entenda que o ardor dos corpos unidos em louco furor
É

O tempo já corre aqui
Onde o seus passos vão
Levar essa vida que parece sem direção?
Novo invento genial nos blindou contra o amor
Nos legou a perfeição
Empedrando nosso coração

Somos espelhos de toda invenção
Tão frio quanto o metal
De gosto insosso artificial<

Aponta o cigarro adiante
Menina errante não pensa em voltar
De fogo, o cabelo flameja ao vento
Que insiste em contra soprar

Inútil, pois ela não volta
Ela sempre descola um lar doce lar
Da rosa que traz tatuada exala o perfume
Mas, pode espetar

É onça faminta,

Ainda trago da maçã
A doçura do saber
De conhecer o mal
De poder vê o bem
E poder vestir-se enquanto nu
Da audácia de ir além
À cegueira espantar
Degredada ser, submissa ser
Ave mártir do saber!

Eva, Eva, Eva, Eva!

Passa na janela e o passageiro sou eu
Fica na paisagem um pouco do olhar meu
Penso tanta coisa quanto posso sonhar
Gana e esperança dentro dum caçuá

E eu vou onde tenho que ir
Rompendo o medo que habita aqui
Chutando a hipocrisia do que nada faz
Que vive se arrastan

Lua nova, cheia de paixão
Permita colher mais melodia, doce canção
Brilho inspiração de tolos mortais
Encabulados por sua altivez
Só resta-nos sonhar
Lua testemunha de zumbis
Que vagam pela sua noite a buscar
Fuga para suas prisões

Marcha pelo céu
Com sua tr

Céu, céu tão distante do pavor desse instante
Onde tudo se revela tão real
Onde o véu da hipocrisia
Se descuida e demonstra tudo tão, tão irreal
E o troco da esmola é ficar assim
Sob os pés desses que só sabem sugar

E não esqueça de pedir por favor
Não, não esqueça

Lança-se da colina ao mar
És bela menina distraída
A noite brilham luzes do teu olhar

Dourados seus pés na Atalaia
Azul céu que aconchega os seus
Brisa melodia de ninar, vem me ninar

Doce sumo: o nosso fruto
Bonito penacho: cocar de Serigy
Nódoa que marca a no

Diga o que não se pode, diga o que não se quer
Faça o que não se pode fazer
Pois aqui a verdade é uma ofensa
Então, pra que verdadeiro ser?

A chave que abre é a mesma que fecha a porta
Já tão ruidosa de tanto batida ser
De tanto fecha e abre a porta
Pois aberta semp