No Rio tá tudo mudado
Nas noites de São João
Em vez de polca e rancheira
O povo só pede e só dança o baião

No meio da rua
Inda é balão
Inda é fogueira
É fogo de vista
Mas dentro da pista
O povo só pede e só dança o baião

Ai, ai, ai, ai, São João
Ai

Meu Boi, meu boizinho brasileiro
Chama o cantador
Pra alegrar esse terreiro

É pra reunir
Que é pra guar de ser
Meu boizinho brasileiro
Meu boizinho brasileiro

Pela estrada que me leva a Maceió
Eu descobri você, contando estrelas
Há muito tempo que eu andava só
No mesmo xote ou coisa feiticeira
Não sei se foi o canto do tiê,
Não sei se foi o aro do luar
Que me prendeu nos seus carinhos lá,
Um dia eu volto, e volto pra ficar<

Arrepare não
Pois enquanto engomo a calça eu vou lhe cantar
Uma história bem curtinha fácil de contar
Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer
Que a vida é que tem razão
Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer
Que

Vem mulher
Vem comigo
Encostar o seu umbigo
Sacudir esse salão
Na batida do baião

Vem dançar comigo a noite inteira
Segura a pisada e as cadeiras
Vem dançar um xote e um baião
Se arrastar comigo no rojão

E mulher faceira
E mulher festeira
E e mulhe

Tarde quando a noite vem
O dia passa e lua vai chegar
Tarde quando a noite vem
O dia passa e lua vai chegar

Eu vou dançar com você
Minha cabeça pensa um pouco e põe
O meu desejo a prova
Eu custei tanto a entender
Que ao pensar de mais
Perdi meu tempo
Não

Hoje eu só vou se for
Se não for nem me chama
Se não for pra dançar
Prefiro me guardar
É sem brincadeira
Acho que vou ficar

Você diz que é a boa
Mas tudo depende da vontade da gente
De sair ou ficar
Mais por um momento
Eu prefiro ficar
Nos braços da

Ah! Vou dar uma volta lá na mata do sapé
Onde mora o papa-mé, o furão e a caipora
Que o gato fora de hora faz visita no poleiro

É no pé do lajeiro aonde a onça mora
É no pé do lajeiro aonde a onça mora

Mas inté minha noiva viu a carreira que eu levei
Nos caminho onde

Se era pra me machucar
Pra me fazer sentir assim
Tanto penar
Não tem pena de mim
Não tem sequer pena de mim

Há pouco tempo
Pouco mesmo
Você negou sua dança
Não era esse seu desejo
De viver ninguém se cansa
Balança, meu coração assim
Ainda mais
Se

Trás a lamparina
Ilumina por favor
Que eu quero saber a cor
Da minha sina

No cedo do dia eu parto naquele vapor
Vou vê de longe a ponteira
Da igreja do Carmo

Faca cravada na crilha do barco
Não esquece o mastro
Não esquece o pote
Não esquece o lastro

Você pensa que eu agüento
Estar distante de você
Teu amor é uma festa
O teu cheiro é um prazer

Você me enfeita e faz meu coração ficar no ar
Ai de mim se não tivesse
Teu colo pra me deitar

Você tem que tá comigo
Você tem que estar aqui
Pra se misturar gost

Olho para trás
Não vejo nada meu amor
E vejo tudo
Por aqui que sai do chão
Rasgo de lua
Brilha no seu rosto agora
Com o som de lá de fora
Dá vontade de viver
Eu não quero resolver
Eu não quero nem saber
Daquela coisa morna
Daquele laço firme
Daquel

Ai saudade que não passa
Vem correndo e me abraça,
To doidinho pra te ver
Tô sozinho pela estrada de manha de madruga
Procurando por você

Quando chega a tarde
O meu peito arde
De saudade de você
Quando chega a noite
Coração no açoite
Só querendo ir te ve

Corre e vai dizer
Que amanheceu o dia
Vai no trem das cores levando alegria
Rompendo os costumes
Celebrando a vida
Pra essas santas batuqueiras
Toda santa avisa

Nesse arrasta-pé que é toda cor
Tem homem e mulher pra tocar tambor

O coco vibrando dança toque