Essa vida tão sofrida
Repleta de ilusão
Pega a inchada
E vai pra roça
Preparar a plantação

O corpo já não aguenta
Tamanha judiação
Trabalhando o dia inteiro
Só para ganhar o pão

Desde cedo
Não tem nada
Nem sequer educação
Se a chuva tá demorand

Pode ser côco de roda
De xaxado ou de Baião
Lá na terra de onde eu vim
Tem que ter satisfação
É questão de ter noção

No sertão se chove tem
Na seca vive também
Entra ano e sai ano
E lá vão os nossos planos
Ai meu Deus eu não me engano

O foco é a triste

São tantos dias
Tentando entender,
O que é que temos
Pra oferecer

Com tanto tédio
E muita ilusão
E a vida nos manda
Outra decepção

E pinta a vontade
De abandonar
Os sonhos que tenho
Pra realizar

Me sinto incapaz
De caminhar sozinho
E

A absorção do sofrimento
É quase completa
Ele é rapidamente hidrolisado
No suco gástrico
Para o seu principal metabolismo

A sua causa não pode ser detectada
Após a administração intraventosa,
É somente por pouco tempo,
Já que é rapidamente convertida
Para um

O sertão não morre de fome
Porque a fome tem medo do sertão
O sertão é nosso pivete barrigudo
Parece que num tá nem aí pro mundo
Brinca com moxotó e vai fundo

Cala-te boca, fome do cão!
Eu sou forte, sou homem
Nasci virado pro Sol
Devoto de Assis
Criado na s

O sertão não morre de fome
Porque a fome tem medo do sertão
O sertão é nosso pivete barrigudo
Parece que num tá nem aí pro mundo
Brinca com moxotó e vai fundo

Cala-te boca, fome do cão!
Eu sou forte, sou homem
Nasci virado pro Sol
Devoto de Assis
Criado na s

Lá fora o sol causticante
Que treme o horizonte
Castiga o restante
Que sobra das forças
Do trabalhador

E este até as seis da tarde
Encontra coragem
De enfrentar lá fora
Fadiga, cansaço, miséria e dor

Eu ergo meu olhar sincero
E vejo como é belo
Um

Quantos sonhos perdidos
Sem saber porque
Segui o caminho errado
Tenho medo de voltar e me perder

Não sei de onde viemos
Nem pra onde corremos
Tudo é tão incerto
Viva cada milésimo

Todo dia é a mesma coisa
Quando ligo a TV
Quem governa faz tudo errado

É a lei do mais forte
Pra sobreviver
E não sei se um dia
Isso vai mudar

Aqui no meu sertão
Não dá pra compreender
Um ritual sangrento
Que já beira o caos

No rosto o semblante
Já percebeu
Que os sonhos distantes
Nunca vão ser seus

Olha pro nas

Eu sei o que te resta,
O que está pra acontecer
E toda essa alegria,
Não pertence a você

Nada que comporte
Alegria e emoção
Conseguem apagar
A magoa do seu coração

Supere a vida,
Ela não vai te vencer
Um simples toque de coragem

Não leve a mal,

O seu nome é Virgulino
Mas o chamam Lampião
A história desse cabra
Ninguém mais se esquece não

E foi com 16 anos
Que faleceram seus pais
E a vida do menino
Piorava mais e mais

Fugiu para alagoas
Encontrou-se com os irmãos
Pois eles tinham um bando

Eu presciso entender
O que se passa no mundo
Pra compreender a vida num segundo

É tanta terapia
Tanta confusão
O caos tá instalado
E chega de ilusão

Você prescisa entender
Você prescisa entender
Você prescisa entender
Você prescisa entender

O pob