103 Chapéus de couro
Invadiram Mossoró
Comandados por um homem
Que via com um olho só
Ela era pedra preciosa
Para aquela cabroeira:
Sabiá, Cocada, Gato, Pinga-Fogo
Lasca-Bomba, Pinto-Cego, Come-Cru
Deus-Te-Guie, Veado Branco, Labareda
Jararaca e Quinta-Feira<

Hoje eu sonhei que eu seguia a morte
No encalço dos que ela procurava
Baixamos no quarto de uma casa
Atraídos por uma reza forte
Isso não se deu aqui, foi lá no Norte
Onde uma velha tremia em agonia
Era cega mas viu o que ninguém via
Era surda mas escutou o chamado

Jamais deixe de lado seu lado bom
Esqueça seu problema, venha curtir um som
Porque daqui pra frente tudo fica diferente
Vem a música mexer com a alma da gente

Quero te dar um abraço forte
Te desejar saúde, paz e muita sorte
Trazer pra sua vida muito mais do que alegria<

Nas linhas da minha mão um bom futuro ela leu, estava escrito

As cartas do tarô me garantiram um grande amor, eu acredito
O calendário maia revelou que o meu espírito é uma porta
E prescreveu o I-ching: é favorável a travessia, no entanto,
torta (totalmente torta)

E

Escolha a sua equipe
E o circuito preferido
Passe a mão no joystick
E clique para iniciar

No teu cockpit
Põe o cinto, baixe o pino
Gire a chave, dê partida
Tá valendo a sua vida se você ganhar

Se chover liga o desembaçador
Ou passa uma flanela se não funci

Refrão:
Ela chora por tudo
Mas nunca chora por mim
Diz que os últimos serão os primeiros
A voltarem pro fim
Ela chora! chora por tudo
Mas não chora por mim
Diz que os últimos serão os primeiros
A voltar lá pro final da fila

Ela passa e repara e repassa
P

'm At home on Monday
Half day more or less
When a finger insistent
The bell wakes me
Put your foot in the slipper ... Wait a minute!

I open the door
And the heart comes near the mouth
The creature was all drenched in rain
In her red dress
I am askin

Tô em casa na segunda-feira
Meio dia mais ou menos
Quando um dedo insistente
Na campainha me acorda
Enfio o pé no chinelo... Peraê!

Abro a porta
E o coração quase me vem na boca
A criatura tava toda encharcada de chuva
No seu vestido vermelho
Me pedindo um t

No meu toque toco rock, no bebop pop canto soul
Tropeçando pelas pedras do caminho da minha vida eu vou
Arrumando minhas malas pra fugir do meu amor
Pois as coisas já não são como eram quando começou
Parecia uma maravilha de menina e de bom coração
Mas a vida me mostrou qu

Máquinas de guerra e indumentária
Pra vestir o caçador que, em vez da fera, caça
A sua própria espécie que se encontra encurralada
Desgraça muita e porrada na lata
Sem terra, enterrais na merda
E deixais quem berra na miséria, sede e fome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem

Penso que penso, mas eu não penso! Eu não tenho tempo pra pensar
Penso que penso, mas eu não penso Eu mal tenho tempo pra viver

Em minha senzala moderna, cercado de guardas e grades
Ligo o ar condicionado, acendo o meu cigarro. Morro asfixiado
A minha cabeça é uma babel apontad

(Baia -Histórico Raul Seixas)

Baby, essa estrada é comprida
Ela não tem saída
É hora de acordar
Prá ver o galo cantar
E o mundo inteiro escutar

Baby, a história é a mesma
Aprendi na quaresma
Depois do carnaval
A carne é algo mortal
Com

(Baia -Histórico Raul Seixas)

Você me pergunta
Aonde eu quero chegar
Se há tantos caminhos na vida
Tão pouca esperança no ar
Até a gaivota que voa
Já tem seu caminho no ar

O caminho do fogo é a água
O caminho do pato é o vôo
O do sangue é o chicot

Antes caía a noite e eu debruçado ao nono andar
Esperava que um impulso me jogasse pelo ar
Mas, 'tou bem agora... como sempre quis estar
Cantarolando pela aurora vendo o meu céu nublado limpar

Eu tomo um bom whisky em pura louvação
Pra mim, enquanto canto, eu dedico esta ca

Há muito tempo entra século e sai século e quase ninguém sabe
apurar o paladar

Quarto crescente, quarto minguante, lua cheia, lua nova, tem que
saber separar

É por motivo de que a lua 'teja clara que o espírito se iguala a
seu reflexo no mar

E, quando ela 'tá escura

"Tem dia que na hora
Que eu vou dormir
A minha cabeça tá assim ó
Aí eu levanto"

Peço licença nessa hora
Pra mostrar minha arte a minha dor
Como tudo que é arte é sem pudor
Eu coloco minha alma para fora

Pois o que eu farei agora
É brincar com o que tá no

Volte pra mim, minha doce doçura
A minha hipoglicemia chegou a um ponto que não tem mais cura
Eu penso em você toda hora do dia
A minha barriga já não agüenta de tanta azia
Nada nessa vida é em vão, pense no vão dessa canção

Vem que eu te esquento nessa noite fria
Em al

Ela veio de manso, na ginga, no balanço

A fim de roubar o que, justo ali, eu não tinha pra dar
Mas eu errei foi no momento em que falei:
"Só se por cima do meu cadáver você passar!"

Pois ela passou...

E eu virei um presunto, carimbado pela sola

(Baia -Histórico Raul Seixas)

Com vocês
Baia, histórico

Eu sou eu, nicuri é o diabo
Eu sou eu, nicuri é o diabo
Eu sou eu, nicubu é o didi
Eu sou eu, nicuri é o diabo

Eu sei quem sou
E aonde vou
Eu sei quem sou
E onde estou
Eu agüento a barra

Desde que eu nasci tô no conflito
Aflito pra saber porque
Com tanta gente que eu podia ser
Eu nasci eu
Perdido entre sentimentos bons
Pequenos delitos e contradições
Entre a luz e o breu

Molho o pão no café e levo fé
Que Deus é preto e fuma cachimbo
Nasce me