A lua e mais nada
Na madrugada
Tão linda e distante
Tão platônico prazer
A lua calada
Não toco mas sinto
O teu beijo um tormento
Seduz o meu ser
Ah! a lua que eu quis
Que me fez tão feliz
Que me fez gozar profano
Mesmo sem te ter
A lua e mais nada<

Eu ví a velha tomar sol
E apreciar a lua
Eu ví a velha de capote
E toda nua
Eu ví a velha servir chá
E virar a bandeja
Eu ví a velha jogar truco
E ir pra igreja
Eu ví a velha de respeito
Sem vergonha
Eu ví o tempo atropelando
A pobre velha
Eu ví a

A curva que se encontra
Atrás da horta
Não é curva, nem é horta
O que se encontra antes da curva
O homem que cultiva
Aquela horta
Não é homem, nem é homem
O que atravessa
Aquela curva
Sei que o que a gente dia
Nem sempre faz sentido
Mas pense meu amigo

Sinto que me olha
Quando passo
E finjo não te ver
Tento ser discreto
Nenhum gesto
Pra não perceber
Se você soubesse
O que acontece
No meu coração
Bate acelerado
Como o rock
Sem a distorção
Não vou deixar
Vacê notar
Que eu vago horas
Nes

Dentro de cada estação
Que a gente pode ver
Tem uma situação
E um progresso pra escolher
Dentro de cada mentira
Tem um grito a lamentar
De quem já não acredita
Que issi tudo vai mudar
E quela novela
Que você não entendeu
Lavou sua cabeça
Veja o que aco

É brisa fria
Como pode estar tão perta
Se hoje é noite de verão
E o seu plano não deu certo
Como vai me ajudar
Como vai dizer a ela
Que a razão do teu carinho
É ver meu corpo
Junto ao dela
Sem você flor é espinho
Cada beijo, uma saudade
Todo amor é uma

Cadê a borboleta
Que voava po aquí?
Se perdeu pela cidade
O se escondeu n'outro jardim
À procura de outro espaço
Outro diabo
Ou serafim
À procura de outro espaço
Outro diabo
Ou serafim
Cadê a borboleta
Que pousava nessa flor
Que eu tanto admirava

Tantas coisas em comum
Coincidências absurdas
Sentimentos abstratos, talvez descartados ...

Cada dia um encontro
Planejado, casual ou natural
Cada dia um sentimento diferente
Raiva, ódio, talvez amor ....

Tantas coisas em comum
Coincidências absurdas

Sou Príncipe encantado
Vím de um conto de fadas
Pra com um beijo apaixonado
Ressuscitar minha amada
Eu vím de muito longe
De uma longa caminhada
Deixei meu Paraíso
A troco de quase nada
Eu beijo a Cinderela
Mas ela não acorda
Eu mordo a bunda dela
Mas

Eu sentí pavor
Nem te deixei se aroximar
Dentro do meu carro
E o vidro frio
Filtrando seu olhar
Eu ví tanto amor
Bem mais do que eu já sentí
Eu ví tanta dor
E uma vontade de sumir
Criança
Nos farois da guanabara
De são paulo de todo lugar
Criança

De trás pra frente
A gente segue sem notar
Que o chão é quente
Um meio avesso de se encarar
Num espelho
Ou numa lousa desenhada
Com um velho queimando
Seu longo cigarro
E um joelho
Enrugado e calejado
De tanto pedir perdão
Quem errou
Não quiz errar

Desculpe o mau jeito
Se fui entrando assim
Sem avisar
Não é defeito
Esse é o meu jeito
De não te encontrar
Rodei mil dias
Invadi mil portas
Mil vidas tão tortas
Eu não te encontrei
Deitei pra te ver
E chuva chora lá fora
Por horas e horas
Sonhe

Desenho na parede da minha sala
Desenho no aparelho de tv
Desenho na parede do estomago
Desenhado por não comer,
Por não comer...
Desenho é uma casinha e um riacho,
Pode ser...
Desenho é a favela onde eu me acho,
Pode ser...
Desenho é a vida, colorida
Ou d

Menina
Do sorriso largo
Como o horizonte
Pensamentos tão grandes
Como o mar e o fronte
Seu olhar, num segundo
Diz pro mundo
Que ele é bem melhor
Te desejo
A força de quem
Sobreviveu à selva
A leveza de quem
Flutua sobre o mar
A grandeza que deu

Lá vem um homem
De capote preto
Impondo respeito
Dois mil
Debaixo do capote
Um rosto suspeito
Dois mil
Semblante sincero
Nem tudo que eu quero
Dois mil
Bom dia dois mil
Há tempos te espero
Trazendo esperança
Mudando essa dança
Enchendo a pa

Mandou matar
Pra parar de atrapalhar
Parou pra ouvir
O entampido
Um grito seco
Longe do beco
Um teco de chumbo
Dentro do ouvido
Essa gente é feia
Mora na aldeia
Tão querendo terra
Não dou não senhor
Chama o deputado
Fala com o senado
Manda

Com a sua última dose
Se consciência
Vai sua dependencia
De álcool e blues
O céu é o nú de um bordel
Que sem pudor mostra o que tem
Num vai e vém te benze e acende o fogo no chão
É o seu inferno
A mera tristeza do choro do blues
Do choro do blues
Seu cora

Quem dirá que o ar
Já foi melhor pra mim
E que seu olhar
Não era bem assim
Vermelho ferrari
Lacrimejando o sal do mar
Riscado de sangue
Como o graal a derramar
O vinho sobre a mesa
Antes de ir pro altar
Recolhendo o suco
De um peito feito pra salvar

Eu repetí seu nome várias vezes
Na tentativa louca de esquecer
Te escreví lá na areia
Proclamei-a renegada
Te falei que não queria
Mais de costas arranhadas
Resolví os mes problemas
Te deixando abandonada
Comendo fogo noite adentro
Entre cobras e lagartos

O jantar está na mesa
Cada talher em seu lugar
E para a minha surpresa
Na sobremesa
Minha cabeça vai suflar
O jantar está na mesa
Todo cristão já agradeceu
Jante minha cabeça
E se ofereça
Eu quero qe jantar depois
Junte todos cacos
Fale dos meus erros<