Alguém já disse que a enxada só presta
Para puxar cobra pros pés do produtor
Mas é com ela e a semente que germina
Que faz a planta dar a fruta, pão e flor
Pois acredite também que o que resta
Fauna, flora, água, solo e o que for

São tratados com carinho e destreza

Íliô tungão - boi do maiorá
Não é tão bonito o boi como é uma bóia
Eu chamava ele vinha - valeroso venha a cá

Tava em casa deitado no quente
Tava bebo de aguardente quando eu vi chamar
Veio uma nega com nome Neném
Vez em quando no meu ouvido Vinha cuchichar, boi tungão.

Fique calma minha linda flor
Que estou voltando
Para o nosso amor
Ficar distante de você é ruim
Te quero junto a mim
Pra nossa vida inteira

Se avexe não
Que eu dou um jeito de te encontrar
Eu vou depressa só pra te levar
Pra bem distante dessa solidão

Adeus luquinha da lagoa
Companheiro agora vou chegando
Adêus luquinha da lagoa
Paraíba um dia vou bolar
Adeus luquinha da lagoa

Na minha terra só faz lama caristia
Um amor que nem maria josé mandou me buscá
Eu vou pra cima eu vou pro meio eu vou pra baixo
Vou pr

Eu quero enganar o tempo
Eu quero enganar o tempo

Cantadores afamados
Cabeças de calunga
Cantai em versos sagrados
Não o que nos circunda
Cantai em versos sagrados
Não o que nos circunda

Ventos, serras, oceanos
Mas, fora desse plano
O que ninguém comun

Hoje é só festa
Hoje é dia de fogueira
Vou dançar a noite inteira
Aqui nesse forró

A banda é boa
O sanfoneiro é de primeira
Animando a brincadeira
Ninguém fica só

Vem cá menina
Tu pareces estar solteira
Com você danço a primeira
De um passo só

Eu sou herói do sertão
E sei a receita pra sobreviver
Nessa terra que a gente
Planta a alegria
Desde que amanhece o dia
Até o entardecer,
É essa a terra que eu amo
E meu pai já dizia:
Estar junto do meu povo,
É o que me faz viver.

Seu moço não é mole não

Passarinho cancão quando canta
(Lá na capoeira)
Acuado que nem cachorro
(Lá na capoeira)
Fazendo um tremendo escarcéu
(Lá na capoeira)
Com um tejuaçu
Ou uma cobra cascavel

Quem, quem, quem
Grita o bando
Num matraqueado
Pode ser uma cobra coral
Ou

Eu compei uma pintinha
Com preço de 2 cruzado
Eu deitei com 8 ovo
Deitei na sombra de um povo
Me tirou 8 pelado

Quando eu entro em caristia
Essa galinha comia
Por detrás de um alagado
Veio uma porca furona
Essa peste era ladrona
Levou 7 de um bocado

Quando vem chegando o São João,
Ai meu Deus que emoção
Vou pra roça, vou brincar
Forró na roça é de muita tradição
Tem arrasta pé e lamparina
Que o nordeste é São João
Dois de agosto de 89
Lá no céu ele acendeu sua fogueira
Tome forró, xaxado, baião e xote
Coc

Serrador, boto o pau na serra serrador
Quero vê serrar, serrador! (bis)

Eu um tombo
Na escala da navalha
Corta a faca esbandalha
Nós vamos se indiviá

Agora vô devagá
Canhotinho barra do centro
Eu canto mesmo o repente
Por que minha trilha dá

Eu agora

Somos homens e mulheres Nordestinos
Fortes, acima de tudo
A essência da nossa cultura
As Raízes do Sertão

A nossa essência
A gente jamais muda
Mesmo que se mude
Para outro lugar
Esse meu jeito matuto de ser
Eu vou levar comigo
Onde quer que eu vá

O

Queria achar um lugar animado
E poder ficar de bem com a vida
Nesse território Brasileiro
Onde o povo estrangeiro
Encontrasse acolhida

E encontrei um canto iluminado
Que não vai sair da minha memória
Aqui mesmo dentro do Nordeste
Terra dos Cabras da Peste
On

Preciso acreditar
Que tudo vai passar
Que nada é para sempre
E quando amanhecer
Pra sobreviver
É melhor seguir em frente

Que adianta lamentar
Pois nada vai mudar
Se não fizer diferente
Se outros frutos quer ter
Jamais irá colher
Plantando a mesma sem

Meu velho Chico tu que desces lá de minas
Desde menino, fertilizando o sertão
Enriquecendo quem te beija ou assassina
Quem contamina o sangue do teu coração

Meu velho amigo viver é correr perigo
Ando contigo circulando nesse pó
A tropeçar naquele xote das meninas
De